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18/07/2005
-
10h11
O jornal britânico "Financial Times" desta segunda-feira relata a admissão de Delúbio Soares de que o PT tinha um caixa 2 e diz que o novo episódio deve atingir o presidente.
Segundo o diário britânico, a declaração de Soares foi a primeira admissão de atividades ilegais por membros do partido desde o início do escândalo do mensalão.
O jornal destaca que, até agora, não havia provas concretas das acusações, mas evidências circunstanciais consideráveis.
De acordo com o "Financial Times", os últimos desdobramentos da crise devem tornar ainda mais difícil para o PT e para Lula recuperarem sua imagem pública antes das eleições de outubro do ano que vem.
Economia vai bem
Já para o jornal espanhol "El País", a crise política brasileira não afetou a economia nacional.
Segundo o diário, publicado num dos principais países investidores no Brasil, a economia supera as previsões mais otimistas e não foi afetada pela crise.
O jornal destaca que, na mesma semana em que o PT se viu "acéfalo" por conta dos escândalos de corrupção, os indicadores econômicos tiveram recordes históricos: "Se exporta mais do que nunca, o capital estrangeiro entra no país em quantidades inimagináveis há pouco mais de uma década, a moeda se revaloriza e a inflação está controlada".
O diário lembra que, durante décadas o Brasil foi considerado "a eterna promessa" da América Latina, porque era um país que, devido às suas condições, deveria se tornar um dos mais importantes do mundo.
Segundo o jornal, ao menos economicamente o Brasil alcançou seu objetivo.
BNDES argentino
Em editorial, o diário argentino "Clarín" pergunta se o país deveria criar uma espécie de BNDEs para financiar a indústria local.
Em meio à discussão, o artigo enumera "os custos ocultos" para o Brasil e o governo do BNDES e depois compara o desenvolvimento dos dois países.
Segundo o "Clarín", uma das principais razões para o fracasso da indústria argentina é a falta de financiamento acessível e competitivo, mas o jornal afirma que é preciso ser cauteloso antes de se adotar um modelo semelhante ao do BNDEs.
O artigo afirma que, se no caso brasileiro os empresários podem contar com um mercado consumidor crescente, os argentinos não podem.
"Nos últimos 30 anos, o Brasil passou por apenas cinco anos de crescimento negativo enquanto nosso país esteve em recessão 14 vezes. Eles nunca tiveram dois anos seguidos de queda, nós tivemos seis vezes. Finalmente, nessas três décadas, o Brasil acumulou crescimento econômico de 155% contra 64% (da Argentina)", afirma o "Clarín".
Mas o editorial também questiona o envolvimento do Estado no financiamento do setor privado e as desigualdades de condições --aqueles que não conseguem o "privilégio" pagam taxas de juros muito mais altas nos bancos privados, diz o "Clarín".
Atlântico-Pacífico
Também no "Financial Times" uma reportagem trata da construção da rodovia que deverá ligar o Brasil e o Peru, cuja construção começa nesta segunda-feira.
Segundo o jornal, em dois anos esta será a estrada mais importante da América do Sul, ligando o Atlântico ao Pacífico.
O jornal destaca que, apesar da construção ser no Peru, o Brasil será o maior beneficiado, já que o país envia 18% de suas exportações para a Ásia, e a indústria da soja e da madeira poderão reduzir seus custos.
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Admissão de Delúbio atinge Lula, diz "FT"
da BBC BrasilO jornal britânico "Financial Times" desta segunda-feira relata a admissão de Delúbio Soares de que o PT tinha um caixa 2 e diz que o novo episódio deve atingir o presidente.
Segundo o diário britânico, a declaração de Soares foi a primeira admissão de atividades ilegais por membros do partido desde o início do escândalo do mensalão.
O jornal destaca que, até agora, não havia provas concretas das acusações, mas evidências circunstanciais consideráveis.
De acordo com o "Financial Times", os últimos desdobramentos da crise devem tornar ainda mais difícil para o PT e para Lula recuperarem sua imagem pública antes das eleições de outubro do ano que vem.
Economia vai bem
Já para o jornal espanhol "El País", a crise política brasileira não afetou a economia nacional.
Segundo o diário, publicado num dos principais países investidores no Brasil, a economia supera as previsões mais otimistas e não foi afetada pela crise.
O jornal destaca que, na mesma semana em que o PT se viu "acéfalo" por conta dos escândalos de corrupção, os indicadores econômicos tiveram recordes históricos: "Se exporta mais do que nunca, o capital estrangeiro entra no país em quantidades inimagináveis há pouco mais de uma década, a moeda se revaloriza e a inflação está controlada".
O diário lembra que, durante décadas o Brasil foi considerado "a eterna promessa" da América Latina, porque era um país que, devido às suas condições, deveria se tornar um dos mais importantes do mundo.
Segundo o jornal, ao menos economicamente o Brasil alcançou seu objetivo.
BNDES argentino
Em editorial, o diário argentino "Clarín" pergunta se o país deveria criar uma espécie de BNDEs para financiar a indústria local.
Em meio à discussão, o artigo enumera "os custos ocultos" para o Brasil e o governo do BNDES e depois compara o desenvolvimento dos dois países.
Segundo o "Clarín", uma das principais razões para o fracasso da indústria argentina é a falta de financiamento acessível e competitivo, mas o jornal afirma que é preciso ser cauteloso antes de se adotar um modelo semelhante ao do BNDEs.
O artigo afirma que, se no caso brasileiro os empresários podem contar com um mercado consumidor crescente, os argentinos não podem.
"Nos últimos 30 anos, o Brasil passou por apenas cinco anos de crescimento negativo enquanto nosso país esteve em recessão 14 vezes. Eles nunca tiveram dois anos seguidos de queda, nós tivemos seis vezes. Finalmente, nessas três décadas, o Brasil acumulou crescimento econômico de 155% contra 64% (da Argentina)", afirma o "Clarín".
Mas o editorial também questiona o envolvimento do Estado no financiamento do setor privado e as desigualdades de condições --aqueles que não conseguem o "privilégio" pagam taxas de juros muito mais altas nos bancos privados, diz o "Clarín".
Atlântico-Pacífico
Também no "Financial Times" uma reportagem trata da construção da rodovia que deverá ligar o Brasil e o Peru, cuja construção começa nesta segunda-feira.
Segundo o jornal, em dois anos esta será a estrada mais importante da América do Sul, ligando o Atlântico ao Pacífico.
O jornal destaca que, apesar da construção ser no Peru, o Brasil será o maior beneficiado, já que o país envia 18% de suas exportações para a Ásia, e a indústria da soja e da madeira poderão reduzir seus custos.
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