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22/10/2005
-
07h16
O jornal britânico "Financial Times" traz uma reportagem neste sábado cujo título é "Referendo sobre proibição de armas erra o seu alvo" e afirma que a consulta sobre a proibição do comércio de armas de fogo no Brasil está "salpicada" de erros.
Segundo o "FT", um dos diários financeiros de maior reputação no mundo, "o desarmamento virou uma causa popular", mas o repórter cita o confuso sistema de voto --o "Sim" é a opção para quem não quer o comércio de armas de fogo e é o número dois nas urnas, o que seria "duplamente contra-intuitivo"-- do referendo como um dos motivos para a queda da popularidade do "Sim".
O "FT" também lista os erros estratégicos da campanha pela proibição como causa de uma possível derrota na consulta de domingo.
"Em vez de se sustentar nas evidências, a campanha pelo 'Sim' deixou cantores, atores e modelos divulgarem argumentos vagos na linha 'dê uma chance à paz'", afirma o repórter do jornal britânico, acrescentando que essa estratégia teria afastado muitos simpatizantes em potencial.
Repercussão
O tradicional jornal britânico "The Times" também apostou na vitória do "Não" com o título: "Brasileiros mantêm as suas armas".
O título original ("Brazilians stick to their guns") faz um trocadilho com a expressão em língua inglesa "stick to your guns", cujo significado se aproxima da expressão "bata o pé", no sentido de insistir, em português.
A reportagem afirma que, apesar das mais de 36 mil mortes a balas só no ano passado, o Brasil "mantém a sua fé no poder das armas de fogo".
Já no diário "The Guardian", o enfoque foi dado à suposta "obsessão mortal dos brasileiros com armas" e destaca a "amarga disputa" na imprensa entre "anúncios de TV lacrimosos" e a divulgação de imagens chocantes na internet pelos simpatizantes do "Sim", contra a estratégia do "Não" de comparar os adversários aos nazistas.
A notícia também enumera diversas estatísticas que põem o Brasil entre os países em que mais gente morre a tiros e que mostram que armas são usadas na maioria dos crimes violentos no país.
O assunto ganhou página inteira no jornal "The Independent". A reportagem do diário britânico narra um dia típico no Hospital Geral de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, para dar corpo aos números sobre mortes com armas no Brasil.
Segundo o "Independent", "a taxa de assassinatos força consulta sobre proibição de armas no Brasil".
Na sexta-feira, o jornal americano "The New York Times" já havia dedicado uma reportagem ao referendo, assinada pelo polêmico correspondente Larry Rohter, em que ele afirma que "brasileiros tem uma propensão a atirar uns nos outros".
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Referendo sobre armas erra o alvo, diz "Financial Times"
da BBC BrasilO jornal britânico "Financial Times" traz uma reportagem neste sábado cujo título é "Referendo sobre proibição de armas erra o seu alvo" e afirma que a consulta sobre a proibição do comércio de armas de fogo no Brasil está "salpicada" de erros.
Segundo o "FT", um dos diários financeiros de maior reputação no mundo, "o desarmamento virou uma causa popular", mas o repórter cita o confuso sistema de voto --o "Sim" é a opção para quem não quer o comércio de armas de fogo e é o número dois nas urnas, o que seria "duplamente contra-intuitivo"-- do referendo como um dos motivos para a queda da popularidade do "Sim".
O "FT" também lista os erros estratégicos da campanha pela proibição como causa de uma possível derrota na consulta de domingo.
"Em vez de se sustentar nas evidências, a campanha pelo 'Sim' deixou cantores, atores e modelos divulgarem argumentos vagos na linha 'dê uma chance à paz'", afirma o repórter do jornal britânico, acrescentando que essa estratégia teria afastado muitos simpatizantes em potencial.
Repercussão
O tradicional jornal britânico "The Times" também apostou na vitória do "Não" com o título: "Brasileiros mantêm as suas armas".
O título original ("Brazilians stick to their guns") faz um trocadilho com a expressão em língua inglesa "stick to your guns", cujo significado se aproxima da expressão "bata o pé", no sentido de insistir, em português.
A reportagem afirma que, apesar das mais de 36 mil mortes a balas só no ano passado, o Brasil "mantém a sua fé no poder das armas de fogo".
Já no diário "The Guardian", o enfoque foi dado à suposta "obsessão mortal dos brasileiros com armas" e destaca a "amarga disputa" na imprensa entre "anúncios de TV lacrimosos" e a divulgação de imagens chocantes na internet pelos simpatizantes do "Sim", contra a estratégia do "Não" de comparar os adversários aos nazistas.
A notícia também enumera diversas estatísticas que põem o Brasil entre os países em que mais gente morre a tiros e que mostram que armas são usadas na maioria dos crimes violentos no país.
O assunto ganhou página inteira no jornal "The Independent". A reportagem do diário britânico narra um dia típico no Hospital Geral de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, para dar corpo aos números sobre mortes com armas no Brasil.
Segundo o "Independent", "a taxa de assassinatos força consulta sobre proibição de armas no Brasil".
Na sexta-feira, o jornal americano "The New York Times" já havia dedicado uma reportagem ao referendo, assinada pelo polêmico correspondente Larry Rohter, em que ele afirma que "brasileiros tem uma propensão a atirar uns nos outros".
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