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07/02/2006
-
11h44
da BBC Brasil, de Porto Príncipe
A votação no Haiti começou com mais de uma hora de atraso, o que deixou inquietos os milhares de haitianos que faziam longas filas para votar desde as 5h (8h, no horário de Brasília) na capital haitiana, Porto Príncipe, nesta terça-feira.
As urnas deveriam ter sido abertas às 6h do horário local, mas ficaram fechadas por mais de uma hora depois disso por causa de um blecaute e problemas de organização, permaneciam fechadas.
O corte no fornecimento de eletricidade prejudicou os preparativos que já estavam atrasados em Canapé Vert.
O chefe da missão de observadores eleitorais da missão européia, Johann Van Heck, diz que o atrasos foi generalizado na cidade e pode criar problemas na apuração dos votos.
Segundo Van Heck, o fechamento das urnas pode até ter de ser adiado.
"Isso seria um problema porque os votos teriam de ser contados no escuro", disse Van Heck.
Insegurança
Cerca de 3,5 milhões de pessoas, cerca de 80% do eleitorado, estão
registradas para votar em 802 centros espalhados por todo o país.
Do portão de sua casa, Stephane Voltaire esperava a melhor hora para votar.
"Meu primo não vai votar porque a estação é muito longe da casa dele, e a região não é segura", disse Voltaire.
A prorrogação do horário de votação também pode criar problemas de segurança, já que os problemas de eletricidade vão deixar a cidade às escuras a partir do anoitecer.
Outra dificuldade é que muitos eleitores não sabem onde votar.
Mostrando o seu título eleitoral, um eleitor perguntava na fila onde deveria se apresentar, até ser informado de que estava na seção errada.
Apesar da inquietação, os eleitores entrevistados pela BBC Brasil manifestaram esperança de que as eleições vão melhorar a situação do país, assolado pela miséria e pela violência, agravados por 20 anos de instabilidade política.
"Todo mundo quer votar, todo mundo está feliz", afirma Jean Fritz Gérard, que fez questão de pagar US$ 700 para vir de Nova York e votar. "Essa é a última chance para o Haiti."
O estudante Ricardo La Guerre, de 20 anos, vai votar pela primeira vez e está otimista sobre o futuro do país.
"Como você pode ver, temos muitos problemas no Haiti. Acho que tudo vai melhorar depois de hoje", disse La Guerre.
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Mais de 3 milhões de eleitores vão às urnas no Haiti
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Votação no Haiti começa com mais de uma hora de atraso
CAROLINA GLYCERIOda BBC Brasil, de Porto Príncipe
A votação no Haiti começou com mais de uma hora de atraso, o que deixou inquietos os milhares de haitianos que faziam longas filas para votar desde as 5h (8h, no horário de Brasília) na capital haitiana, Porto Príncipe, nesta terça-feira.
As urnas deveriam ter sido abertas às 6h do horário local, mas ficaram fechadas por mais de uma hora depois disso por causa de um blecaute e problemas de organização, permaneciam fechadas.
O corte no fornecimento de eletricidade prejudicou os preparativos que já estavam atrasados em Canapé Vert.
O chefe da missão de observadores eleitorais da missão européia, Johann Van Heck, diz que o atrasos foi generalizado na cidade e pode criar problemas na apuração dos votos.
Segundo Van Heck, o fechamento das urnas pode até ter de ser adiado.
"Isso seria um problema porque os votos teriam de ser contados no escuro", disse Van Heck.
Insegurança
Cerca de 3,5 milhões de pessoas, cerca de 80% do eleitorado, estão
registradas para votar em 802 centros espalhados por todo o país.
Do portão de sua casa, Stephane Voltaire esperava a melhor hora para votar.
"Meu primo não vai votar porque a estação é muito longe da casa dele, e a região não é segura", disse Voltaire.
A prorrogação do horário de votação também pode criar problemas de segurança, já que os problemas de eletricidade vão deixar a cidade às escuras a partir do anoitecer.
Outra dificuldade é que muitos eleitores não sabem onde votar.
Mostrando o seu título eleitoral, um eleitor perguntava na fila onde deveria se apresentar, até ser informado de que estava na seção errada.
Apesar da inquietação, os eleitores entrevistados pela BBC Brasil manifestaram esperança de que as eleições vão melhorar a situação do país, assolado pela miséria e pela violência, agravados por 20 anos de instabilidade política.
"Todo mundo quer votar, todo mundo está feliz", afirma Jean Fritz Gérard, que fez questão de pagar US$ 700 para vir de Nova York e votar. "Essa é a última chance para o Haiti."
O estudante Ricardo La Guerre, de 20 anos, vai votar pela primeira vez e está otimista sobre o futuro do país.
"Como você pode ver, temos muitos problemas no Haiti. Acho que tudo vai melhorar depois de hoje", disse La Guerre.
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