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14/02/2006 - 16h34

Cientistas descobrem novas espécies em mar caribenho

REBECCA MORELLE
da BBC Brasil

Cientistas descobriram uma "montanha submarina" com um dos ambientes de maior diversidade de vida no mar do Caribe. Durante duas semanas de mergulhos, os pesquisadores detectaram dezenas de espécies de peixes até então desconhecidas, além de "cidades de algas marinhas".

No entanto, o local --no atol de Saba Bank, 250 km a sudeste de Porto Rico, nas Antilhas Holandesas-- está ameaçado. Segundo os cientistas, o tráfego de petroleiros na região pode destruir os frágeis recifes.

Veja algumas fotos da vida marinha

A equipe espera convencer a Organização Marítima Internacional a declarar a zona como área de proteção ambiental. Trata-se do terceiro maior atol do mundo.

Uma equipe de 12 cientistas --uma cooperação entre a organização Conservation International, o governo das Antilhas Holandesas e o Museu de História Natural do Instituto Smithsonian-- realizou mergulhos no local durante as duas primeiras semanas de janeiro.

Eles decidiram investigar melhor o que havia na região porque, apesar da convicção de que houvesse ali grande variedade de espécies, poucas delas tinham sido catalogadas até então. Foram contadas um total de 200 espécies de peixes, das quais 150 ainda eram desconhecidas.

Pelo menos 12 novas espécies de algas foram registradas. Mark Littler, um dos mergulhadores na expedição e especialista em botânica marinha do Smithsonian, disse que Saba Bank é a região mais rica em algas marinhas do Caribe. As algas formam a base da cadeia alimentar nas barreiras de corais; toda a biodiversidade depende delas.

Ameaça

Toda essa biodiversidade, porém, está ameaçada. Há um depósito para carregamentos de petróleo na ilha de St. Eustatius, nas proximidades, gerando grande movimento de embarcações.

Para evitar as altas taxas cobradas para que possam aportar na ilha, os grandes petroleiros ficam ancorados sobre a barreira, causando danos inestimáveis aos recifes.

"A âncora de um superpetroleiro é do tamanho do meu escritório e cada anel de sua corrente tem o tamanho da minha mesa. Eles passam varrendo e esmagando todo o coral. São muito destrutivos", explicou um dos pesquisadores.

A comunidade de pescadores da ilha de Saba, com cerca de 1.500 habitantes, é responsável pelo atol, de onde resulta 10% da economia local. Leroy Peterson, um pescador de Saba, disse que a expedição é fundamental para proteger a vida marinha local. "Não deve haver mais ancoradouros. É preciso haver controles mais rígidos para as coisas sobreviverem."

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