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18/03/2009 - 17h06

Comentários do papa sobre camisinha são "ameaça", diz França

da BBC

A França condenou nesta quarta-feira as declarações do papa Bento 16 rejeitando o uso de preservativos na luta contra a Aids, qualificando-as como "uma ameaça'.

"Enquanto não cabe a nós julgar a doutrina da Igreja, consideramos que tais comentários são uma ameaça às políticas de saúde pública e a obrigação de proteger a vida humana", disse o porta-voz do ministro das Relações Exteriores francês, Eric Chevallier.

O papa Bento 16 disse na terça-feira, em visita a Camarões, que o uso de preservativos pode agravar o problema da Aids. Ele chamou a doença de "uma tragédia que não pode ser combatida apenas com dinheiro ou a distribuição de preservativos, os quais podem, inclusive, aumentar o problema."

Dogmas

A solução, segundo Bento 16, se encontra "em um despertar espiritual e humano" e "amizade com os que sofrem".

O pontífice defende a fidelidade e a abstinência como formas de combater a doença.

No entanto, as declarações causaram espanto em alguns ativistas que dizem que o uso de preservativos é um dos únicos métodos comprovadamente eficazes de combate à doença.

"A oposição dele aos preservativos indica que dogmas religiosos são mais importantes para ele do que as vidas dos africanos", afirma Rebecca Hodes, da ONG sul-africana de combate à Aids Treatment Action Campaign.

Estimativas apontam que cerca de 22 milhões de pessoas são infectadas com o vírus do HIV na África ao sul do Deserto do Saara, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2007. O total representa dois terços de todos os infectados do mundo.

 

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