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20/06/2006
-
09h31
da BBC Brasil
A Argentina ocupou o lugar do Brasil como favorito para vencer a Copa em uma das principais casas de apostas do Reino Unido.
"É a primeira vez que isso acontece desde que abrimos as apostas, no dia seguinte à final da Copa passada. Desde então (julho 2002), o Brasil estava na frente", afirma o porta-voz da casa de apostas William Hill, Rupert Adams.
Antes do início do Mundial, para cada 5 libras (cerca de R$ 20) que uma pessoa apostava no Brasil, recebia 12 de volta. Agora, para cada 2 libras, recebe 7, porque o "risco" é considerado maior.
No caso da Argentina, para cada libra apostada, a pessoa ganha 3. Antes, quando os arqui-rivais no futebol estavam em quarto no ranking, a proporção era de 8 libras de retorno para cada libra.
Segundo Adams, as pessoas deixaram de apostar no Brasil desde o primeiro jogo, mas a tendência se acentuou e o jogo virou completamente a favor da Argentina depois da partida de domingo contra a Austrália.
Grande favorita
A explicação do porta-voz não traz nenhuma surpresa: apesar da vitória por 2 a 0, a seleção brasileira não mostrou o futebol que todos esperavam.
"A Argentina é agora a grande favorita. Eles jogaram bem melhor, fizeram o melhor gol do milênio", continua o porta-voz, enumerando as qualidades dos argentinos.
Segundo Adams, a maior parte das apostas na Argentina vem de pessoas que estavam esperando o torneio começar justamente para avaliar o desempenho das equipes. Não há como "mudar" as apostas, mas são poucos os que continuam arriscando dinheiro no futebol do Brasil.
Ainda é cedo
Apesar disso, Adams diz que este é o melhor momento para quem ainda quer apostar no Brasil, já que a taxa de retorno é muito maior. Além disso, ainda é cedo no torneio e mais apostas deverão ser feitas nas próximas fases.
"Eles não podem continuar jogando tão mal", diz Adams.
Se serve de consolo, o Brasil não foi o único a decepcionar. A França, antes em quinto lugar, caiu para décimo no ranking das dez favoritas das casas de apostas.
Além disso, apesar de muitas, as apostas na Seleção verde e amarela eram mais baixas. Segundo Adams, a maior feita na Williams Hill foi de 7 mil libras (cerca de R$ 28 mil reais). Nada comparável aos cerca de R$ 1,6 milhão que um sujeito perdeu porque havia apostado que a Itália ganharia dos Estados Unidos --o jogo empatou.
Segundo Adams, esta Copa do Mundo deverá movimentar 1 bilhão de libras ( pouco mais de R$ 4 bilhões) em apostas apenas na Grã-Bretanha.
Apenas um jogo pode movimentar cerca de 1 milhão de libras, com diversas opções de apostas, incluindo quem vai ganhar, qual será o placar e qual jogador vai marcar gol.
Satisfação argentina
O jornal argentino "Clarín" não esconde a satisfação com a virada: "No mundo do futebol, como se sabe, tudo muda rápido demais", começa o texto, irônico.
"Antes de começar o Mundial, o Brasil era o líder indiscutível em todos os rankings de apostas. O favorito, o grande campeão", provoca o jornal.
"Mais atrás, relegada ao quarto lugar, estava a Argentina. Mas começou a Copa do Mundo. Muda, tudo muda."
Os "verde-amarelos", continua o "Clarín", "dirigidos por Parreira, mostraram pouco ou nada do que o mundo esperava deles".
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Argentina passa Brasil nas casas de apostas pela 1ª vez
CAROLINA GLYCERIOda BBC Brasil
A Argentina ocupou o lugar do Brasil como favorito para vencer a Copa em uma das principais casas de apostas do Reino Unido.
"É a primeira vez que isso acontece desde que abrimos as apostas, no dia seguinte à final da Copa passada. Desde então (julho 2002), o Brasil estava na frente", afirma o porta-voz da casa de apostas William Hill, Rupert Adams.
Antes do início do Mundial, para cada 5 libras (cerca de R$ 20) que uma pessoa apostava no Brasil, recebia 12 de volta. Agora, para cada 2 libras, recebe 7, porque o "risco" é considerado maior.
No caso da Argentina, para cada libra apostada, a pessoa ganha 3. Antes, quando os arqui-rivais no futebol estavam em quarto no ranking, a proporção era de 8 libras de retorno para cada libra.
Segundo Adams, as pessoas deixaram de apostar no Brasil desde o primeiro jogo, mas a tendência se acentuou e o jogo virou completamente a favor da Argentina depois da partida de domingo contra a Austrália.
Grande favorita
A explicação do porta-voz não traz nenhuma surpresa: apesar da vitória por 2 a 0, a seleção brasileira não mostrou o futebol que todos esperavam.
"A Argentina é agora a grande favorita. Eles jogaram bem melhor, fizeram o melhor gol do milênio", continua o porta-voz, enumerando as qualidades dos argentinos.
Segundo Adams, a maior parte das apostas na Argentina vem de pessoas que estavam esperando o torneio começar justamente para avaliar o desempenho das equipes. Não há como "mudar" as apostas, mas são poucos os que continuam arriscando dinheiro no futebol do Brasil.
Ainda é cedo
Apesar disso, Adams diz que este é o melhor momento para quem ainda quer apostar no Brasil, já que a taxa de retorno é muito maior. Além disso, ainda é cedo no torneio e mais apostas deverão ser feitas nas próximas fases.
"Eles não podem continuar jogando tão mal", diz Adams.
Se serve de consolo, o Brasil não foi o único a decepcionar. A França, antes em quinto lugar, caiu para décimo no ranking das dez favoritas das casas de apostas.
Além disso, apesar de muitas, as apostas na Seleção verde e amarela eram mais baixas. Segundo Adams, a maior feita na Williams Hill foi de 7 mil libras (cerca de R$ 28 mil reais). Nada comparável aos cerca de R$ 1,6 milhão que um sujeito perdeu porque havia apostado que a Itália ganharia dos Estados Unidos --o jogo empatou.
Segundo Adams, esta Copa do Mundo deverá movimentar 1 bilhão de libras ( pouco mais de R$ 4 bilhões) em apostas apenas na Grã-Bretanha.
Apenas um jogo pode movimentar cerca de 1 milhão de libras, com diversas opções de apostas, incluindo quem vai ganhar, qual será o placar e qual jogador vai marcar gol.
Satisfação argentina
O jornal argentino "Clarín" não esconde a satisfação com a virada: "No mundo do futebol, como se sabe, tudo muda rápido demais", começa o texto, irônico.
"Antes de começar o Mundial, o Brasil era o líder indiscutível em todos os rankings de apostas. O favorito, o grande campeão", provoca o jornal.
"Mais atrás, relegada ao quarto lugar, estava a Argentina. Mas começou a Copa do Mundo. Muda, tudo muda."
Os "verde-amarelos", continua o "Clarín", "dirigidos por Parreira, mostraram pouco ou nada do que o mundo esperava deles".
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