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EUA enviam mais navios de guerra para libertar capitão de piratas
da BBC
Os Estados Unidos enviaram navios de guerra à costa da Somália para combater piratas que mantém um capitão de cargueiro americano refém num bote salva-vidas.
O chefe do Comando Central militar dos Estados Unidos, general David Petraeus, disse que os reforços --que seriam dois navios de guerra-- devem chegar à região em um prazo de 24 a 48 horas. Segundo ele, já há um destróier bem próximo do bote salva-vidas onde está o capitão Richard Phillips.
O capitão Phillips foi feito refém quarta-feira quando piratas somalis abordaram seu navio, o cargueiro Maersk Alabama, que levava ajuda alimentícia para Uganda e Somália. Testemunhas disseram que a tripulação do Maersk Alabama conseguiu repelir os piratas e que o capitão foi levado pelos sequestradores.
Segundo familiares do capitão, entretanto, ele teria se oferecido aos sequestradores em troca da libertação dos tripulantes. O navio seguiu para o porto de Mombassa, no Quênia, sob escolta armada.
Acredita-se que existam quatro piratas no bote junto com o americano e suas exigências não ficaram claras. O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse em Washington que a libertação do capitão "é uma prioridade".
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, qualificou os piratas como "nada mais do que criminosos".
Negociações
Analistas dizem que as negociações podem ser longas e é possível que os piratas exijam uma grande quantia de resgate, além de indenização por um outro barco que foi afundado durante o ataque.
Calcula-se também que o bote esteja equipado com mantimentos para uma semana, embora marinheiros do Maersk Alabama digam que os sequestradores estariam sem combustível.
Nos últimos anos, aumentaram os ataques de piratas na área que vai do norte da costa do Quênia, da Somália, Iêmen e o Golfo do Áden, uma das principais rotas comerciais do mundo, que une a Europa e a Ásia.
Mais de 130 foram registrados em 2008, incluindo mais de 50 sequestros. Os piratas normalmente liberam os navios e suas tripulações depois do pagamento de altos resgates pelas empresas de transportes marítimos.
Calcula-se que, apenas no ano passado, tenham sido pagos mais de US$ 80 milhões em resgates.
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