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26/03/2007 - 18h20

Chanceler brasileiro quer explicações de embaixador da Venezuela

DENIZE BACOCCINA
da BBC, de Brasília

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira que vai procurar o embaixador venezuelano em Brasília, Julio Garcia Montoya, para conversar sobre suas declarações a respeito do ministro das Comunicações, Hélio Costa.

"Ele tem todo o direito de defender e esclarecer os conflitos do seu país, mas, se dirigindo aos ministro brasileiros, ele tem que respeitar certos limites na terminologia", afirmou Amorim.

Em nota divulgada na sexta-feira pela Agência Bolivariana de Notícias, o embaixador Montoya afirmou que as declarações do ministro eram "insultuosas e perigosas".

O texto diz ainda que as críticas talvez possam ser atribuídas a um "deslize emocional" de Costa, pressionado pelos jornalistas a explicar seu projeto de uma TV estatal, e afirma que o ministro desconhece os canais estatais venezuelanos.

"Queremos acreditar [em deslize], para não pensar que sua referência ofensiva ao nosso governo e ao nosso Presidente tenha matizes maiores, porque se tiver é óbvio que o governo do Brasil terá que nos dar uma satisfação", diz a nota assinada pelo embaixador venezuelano.

Amorim disse que o embaixador pode ter feito as afirmações de forma "involuntária" e afirmou que não quer alimentar a polêmica. O chanceler disse ainda que também vai procurar o ministro Hélio Costa para conversar sobre o assunto.

Chávez

Na quinta-feira, Costa havia dito que "TV estatal é o que Chávez faz", para explicar a jornalistas que a televisão planejada pelo governo brasileiro não é estatal, mas pública.

O ministro divulgou no início do mês um projeto para um canal de TV digital, que custaria R$ 250 milhões e teria alcance nacional.

Inicialmente Costa apresentou o projeto como uma TV pública, mas as afirmações do ministro de que o canal serviria para divulgar as realizações do governo iniciaram um debate sobre as diferenças entre as TVs pública e estatal.

Procurados pela BBC Brasil, nem o ministro nem o embaixador quiseram comentar o assunto nesta segunda-feira.

"Vamos aguardar que o ministro Amorim chame. Até agora não fomos chamados. Para nós é um capítulo fechado", afirmou o porta-voz da embaixada em Brasília.

Costa também informou, por meio da assessoria de imprensa do ministério, que não tem "nada a declarar" e que "considera o assunto encerrado".

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