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30/04/2007
-
23h12
Enviado especial da BBC a Nova York
O ex-presidente dos Estados Unidos George Herbert Walker Bush, pai do atual líder americano, afirmou que os Estados Unidos não devem adotar políticas pró meio ambiente que afetem a economia do país.
"Até obtermos mais provas dos efeitos do aquecimento global, que poderão ser encontradas pela verdadeira ciência, eu me preocupo que este país ou qualquer outro país crie políticas que tenham um impacto negativo sobre as mesmas pessoas a quem pretendia beneficiar''.
Os comentários do líder americano foram feitos durante o Fórum de Desenvolvimento Sustentável, evento realizado nesta segunda-feira em Nova York, que reuniu ainda outro ex-presidente americano, Bill Clinton, além de inúmeros políticos brasileiros.
O ex-líder americano também fez críticas ao fato de, segundo ele, a causa ambiental ter se tornado um modismo entre celebridades.
''Você vai a Hollywood e todo mundo sabe tudo sobre aquecimento global, além de alguma coisa também sobre atuação. Quando não estão adotando órfãos no exterior, os astros estão falando sobre aquecimento global. O debate está chegando ao ponto de saturação.''
Bush sênior citou ainda uma recente pesquisa do jornal "New York Times" que afirmou que os americanos não estariam dispostos a pagar US$ 2 a mais por gasolina para impedir o aquecimento global.
''Isso enfatiza que não podemos criar uma política ambiental em detrimento de fatos e da ciência. E, se o fizermos, poderemos impor sérios fardos à economia americana e ferir nossos parceiros econômicos por tabela.''
China e Índia
O pai do atual presidente afirmou ainda que é preciso tomar medidas para que China e Índia reduzam a sua emissão de gases poluentes.
''Nada do que fizermos terá grande diferença para o resto do mundo se a China e a Índia continuarem a usar o nível de combustíveis fósseis que estão usando atualmente.''
O ex-presidente também disse que, ao defender a redução de petróleo nos Estados Unidos, muitos passaram a mensagem errada para os países produtores de petróleo.
''Alguns neste país cometeram um erro quando começaram a falar somente sobre fontes alternativas de energia. Porque isso enviou um sinal para os produtores de petróleo que queremos eliminar agora a produção de hidrocarbonetos, o que é uma estupidez dentro da atual demanda mundial por energia.''
Álcool
Bush sênior falou ainda sobre a necessidade de produzir mais álcool, como uma forma de combater o aquecimento global: ''Quanto mais álcool produzirmos, menos poluição nós teremos''.
O ex-presidente se disse muito satisfeito com as recentes visitas dos presidente Bush ao Brasil e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos, porque estas contribuíram para estreitar o relacionamento entre americanos e brasileiros na produção de biocombustíveis.
''Isso marcou o início de um novo capítulo na relação bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos. Há 20 anos, seria impensável que os líderes dos dois países traçassem uma estratégia comum na área de energia.''
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BRUNO GARCEZEnviado especial da BBC a Nova York
O ex-presidente dos Estados Unidos George Herbert Walker Bush, pai do atual líder americano, afirmou que os Estados Unidos não devem adotar políticas pró meio ambiente que afetem a economia do país.
"Até obtermos mais provas dos efeitos do aquecimento global, que poderão ser encontradas pela verdadeira ciência, eu me preocupo que este país ou qualquer outro país crie políticas que tenham um impacto negativo sobre as mesmas pessoas a quem pretendia beneficiar''.
Os comentários do líder americano foram feitos durante o Fórum de Desenvolvimento Sustentável, evento realizado nesta segunda-feira em Nova York, que reuniu ainda outro ex-presidente americano, Bill Clinton, além de inúmeros políticos brasileiros.
O ex-líder americano também fez críticas ao fato de, segundo ele, a causa ambiental ter se tornado um modismo entre celebridades.
''Você vai a Hollywood e todo mundo sabe tudo sobre aquecimento global, além de alguma coisa também sobre atuação. Quando não estão adotando órfãos no exterior, os astros estão falando sobre aquecimento global. O debate está chegando ao ponto de saturação.''
Bush sênior citou ainda uma recente pesquisa do jornal "New York Times" que afirmou que os americanos não estariam dispostos a pagar US$ 2 a mais por gasolina para impedir o aquecimento global.
''Isso enfatiza que não podemos criar uma política ambiental em detrimento de fatos e da ciência. E, se o fizermos, poderemos impor sérios fardos à economia americana e ferir nossos parceiros econômicos por tabela.''
China e Índia
O pai do atual presidente afirmou ainda que é preciso tomar medidas para que China e Índia reduzam a sua emissão de gases poluentes.
''Nada do que fizermos terá grande diferença para o resto do mundo se a China e a Índia continuarem a usar o nível de combustíveis fósseis que estão usando atualmente.''
O ex-presidente também disse que, ao defender a redução de petróleo nos Estados Unidos, muitos passaram a mensagem errada para os países produtores de petróleo.
''Alguns neste país cometeram um erro quando começaram a falar somente sobre fontes alternativas de energia. Porque isso enviou um sinal para os produtores de petróleo que queremos eliminar agora a produção de hidrocarbonetos, o que é uma estupidez dentro da atual demanda mundial por energia.''
Álcool
Bush sênior falou ainda sobre a necessidade de produzir mais álcool, como uma forma de combater o aquecimento global: ''Quanto mais álcool produzirmos, menos poluição nós teremos''.
O ex-presidente se disse muito satisfeito com as recentes visitas dos presidente Bush ao Brasil e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos, porque estas contribuíram para estreitar o relacionamento entre americanos e brasileiros na produção de biocombustíveis.
''Isso marcou o início de um novo capítulo na relação bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos. Há 20 anos, seria impensável que os líderes dos dois países traçassem uma estratégia comum na área de energia.''
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