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10/05/2007
-
14h02
As Américas são o continente com maior proporção de mulheres em posições de alta hierarquia, como legislativas e de gerência, de acordo com relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgado nesta quinta-feira.
Na América do Norte, as mulheres ocupam 41% desses cargos, enquanto o percentual na América Latina e Caribe chega a 35%. O resultado é superior à média européia (30%) e mundial (28%).
"O estágio de desenvolvimento econômico dos países não parece ter influência na determinação da porcentagem de mulheres em tais empregos", nota o estudo.
"Muitos outros fatores, como leis e políticas de combate à discriminação, ajudam a explicar a variação."
Entre 1995 e 2004, a proporção de mulheres em cargos legislativos e de gerência aumentou de 25,5% para 28,3% no mundo, afirma a pesquisa.
'Resultados divergentes'
Os dados fazem parte do mais amplo estudo já realizado pela OIT sobre o tema da discriminação no trabalho, cujo combate tem demonstrado "resultados divergentes", nas palavras da organização.
Se o acesso das mulheres a cargos de alta hierarquia tem melhorado nos últimos anos, "diferenças significativas entre a renda de homens e mulheres estão entre as desigualdades mais resistentes nos mercados de trabalho em todo o mundo".
"Ainda que estas diferenças tenham diminuído em alguns lugares e estagnado em outros, mulheres continuam trabalhando, em média por salários médios menores que os pagos a homens."
O Brasil, por um lado, parece ter avançado na redução da diferença de salário entre assalariados e assalariadas: o abismo de salários caiu de 39% para 13% entre 1994 e 2004.
Mas o avanço, no mesmo período, foi menor entre trabalhadores por conta própria: a queda, no mesmo período, foi de 46% para 34%.
Na Argentina, a comparação até piorou para mulheres. A renda total das argentinas caiu de 71% para 61% do equivalente pago a colegas do sexo masculino entre 1994 e 2004. Considerando-se apenas as assalariadas, a queda foi de 76% para 68%.
Em outros países, como Venezuela e El Salvador, o abismo que separa os gêneros despencou, ou quase desapareceu.
Mas a OIT afirma que, "em muitos casos em que as diferenças de salário diminuíram, foi essencialmente por um declínio nos salários pagos a homens, e não a um aumento na renda das mulheres".
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Américas têm mais mulheres em altos cargos, afirma estudo
da BBC BrasilAs Américas são o continente com maior proporção de mulheres em posições de alta hierarquia, como legislativas e de gerência, de acordo com relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgado nesta quinta-feira.
Na América do Norte, as mulheres ocupam 41% desses cargos, enquanto o percentual na América Latina e Caribe chega a 35%. O resultado é superior à média européia (30%) e mundial (28%).
"O estágio de desenvolvimento econômico dos países não parece ter influência na determinação da porcentagem de mulheres em tais empregos", nota o estudo.
"Muitos outros fatores, como leis e políticas de combate à discriminação, ajudam a explicar a variação."
Entre 1995 e 2004, a proporção de mulheres em cargos legislativos e de gerência aumentou de 25,5% para 28,3% no mundo, afirma a pesquisa.
'Resultados divergentes'
Os dados fazem parte do mais amplo estudo já realizado pela OIT sobre o tema da discriminação no trabalho, cujo combate tem demonstrado "resultados divergentes", nas palavras da organização.
Se o acesso das mulheres a cargos de alta hierarquia tem melhorado nos últimos anos, "diferenças significativas entre a renda de homens e mulheres estão entre as desigualdades mais resistentes nos mercados de trabalho em todo o mundo".
"Ainda que estas diferenças tenham diminuído em alguns lugares e estagnado em outros, mulheres continuam trabalhando, em média por salários médios menores que os pagos a homens."
O Brasil, por um lado, parece ter avançado na redução da diferença de salário entre assalariados e assalariadas: o abismo de salários caiu de 39% para 13% entre 1994 e 2004.
Mas o avanço, no mesmo período, foi menor entre trabalhadores por conta própria: a queda, no mesmo período, foi de 46% para 34%.
Na Argentina, a comparação até piorou para mulheres. A renda total das argentinas caiu de 71% para 61% do equivalente pago a colegas do sexo masculino entre 1994 e 2004. Considerando-se apenas as assalariadas, a queda foi de 76% para 68%.
Em outros países, como Venezuela e El Salvador, o abismo que separa os gêneros despencou, ou quase desapareceu.
Mas a OIT afirma que, "em muitos casos em que as diferenças de salário diminuíram, foi essencialmente por um declínio nos salários pagos a homens, e não a um aumento na renda das mulheres".
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