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01/10/2009 - 14h47

Irã aceita inspeções em nova usina nuclear, diz representante europeu

da BBC Brasil

O Irã concordou em cooperar com a agência nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas) para a realização de inspeções na segunda instalação de enriquecimento de urânio do país, de acordo com o chefe da diplomacia da União Europeia, Javier Solana.

O diplomata europeu afirmou que o governo iraniano vai convidar a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para visitar a usina, perto da cidade de Qom, "nas próximas semanas". Solana fez o anúncio após um encontro com representantes iranianos perto de Genebra para discutir o programa nuclear do Irã.

Na reunião, representantes de Irã, Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha decidiram realizar uma nova rodada de negociações até o fim de outubro.

"Isso representa o início do que, esperamos, será um processo intensivo", afirmou Solana. "A importância deste encontro foi intensificada pela participação plena, pela primeira vez, dos EUA."

Diálogo

O encontro desta quinta-feira reuniu representantes do Irã, dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e da Alemanha para discutir as atividades iranianas de enriquecimento de urânio.

Durante um intervalo na reunião, o subsecretário de Estado americano, William Burns, teve um encontro privado com o principal negociador nuclear iraniano, Saeed Jalili.

O vice-porta-voz do Departamento de Estado americano, Robert Wood, não revelou detalhes sobre as negociações, mas diplomatas americanos descreveram o encontro como "significativo".

Apesar dos desdobramentos da reunião em Genebra, um diplomata ocidental afirmou durante o encontro que a maior parte da sessão da manhã desta quinta-feira foi gasta na reafirmação de posições.

Mais cedo, a emissora de televisão estatal iraniana IRIB afirmou que Jalili usou uma linguagem "clara e inequívoca" durante as discussões iniciais.

"A República Islâmica não será dissuadida de maneira nenhuma de seus direitos", teria dito o negociador.
Jalili também teria dado uma "explicação detalhada" das propostas que o Irã submeteu aos seis países no mês passado e "destacou a necessidade do desarmamento global completo".

Compromisso

O governo americano, por sua vez, afirma que está concentrado na busca por um acordo, e não por novas sanções. No entanto, diplomatas americanos deixam claro que as reuniões com o Irã não podem continuar sem definição por muito tempo.

'Esta é a primeira vez que concordamos em nos reunir com o Irã, como membro atuante das discussões. Queremos nos comprometer com este processo, mas não vamos fazer isso para sempre', afirmou Wood.

Recentemente, a Rússia deu a entender que poderia estar pronta para suavizar sua oposição a mais sanções contra o Irã. A China, que também é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, afirmou que este tipo de pressão não será eficaz.

O governo iraniano insiste que tem direito de desenvolver energia nuclear, mas a revelação da nova instalação para enriquecimento de urânio, na semana passada, aumentou o temor de que o país poderia tentar desenvolver armas nucleares.

 

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