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07/12/2009 - 08h12

Morales se declara presidente reeleito na Bolívia

MARCIA CARMO
enviada especial da BBC Brasil a La Paz (Bolívia)

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse, neste domingo, que foi reeleito com respaldo popular recorde das urnas e que o resultado mostra que o projeto de mudanças "já não é mais só de um partido", mas da maioria dos bolivianos.

"Tivemos uma votação de 63% e nossa responsabilidade agora é ainda maior. Também ganhamos os dois terços (maioria consolidada) no Congresso Nacional, o que me obriga a acelerar o processo de mudanças", disse ele, destacando que as mudanças serão através da regulamentação da nova Constituição, que será debatida pelos novos congressistas.

Morales discursou da varanda do palácio presidencial Queimado para uma multidão concentrada na praça Murillo, em La Paz. Aos gritos de "Evo de novo", os simpatizantes erguiam bandeiras do país e a whipala, símbolo das comunidades indígenas.

O líder bolivariano disse que o "triunfo dos bolivianos" é "um justo reconhecimento aos governos e povos anti-imperialistas".

Morales destacou que a Alba (Alternativa Bolivariana para a América Latina e o Caribe) se reunirá nos próximos dias 13 e 14 e que agora, mais do que antes, tem a missão de "salvar a humanidade em seu conjunto".

Mais votos

As pesquisas de boca-de-urna indicaram que Morales obteve entre 61% e 63% dos votos.

Segundo as sondagens, ele ainda teria ganhado ou aumentado seu percentual de votos nas regiões que foram fortes opositoras durante seu primeiro mandato, como alguns dos departamentos da chamada "meia-lua", no leste do país --Santa Cruz, Tarija e Beni.

Se as projeções forem confirmadas, os votos para Morales terão aumentado em cerca de 10%. Em 2005, ele foi eleito com 53,7% dos votos. O novo mapa político indicaria que ele teria recebido votos de diferentes classes sociais e não só das comunidades indígenas (que representam cerca de 50% do país, mas não são unânimes em relação a Morales).

"Era falso dizer que a classe média tinha me abandonado", disse. Apesar das projeções, o candidato opositor, Manfred Reyes Villa, disse que as urnas mostraram que "o país continua dividido".

Esta eleição foi marcada por ineditismos. Morales, primeiro indígena a chegar ao poder, foi reeleito e com maioria no Congresso Nacional.

Ao mesmo tempo, pela primeira vez, os eleitores foram recadastrados, subindo de cerca de 3 milhões para mais de 5 milhões.

Foi ainda a estreia da votação no exterior e do sistema biométrico, com cada cédula de papel --mostrando foto, digital e assinatura do votante-- ratificada na hora da votação. As mudanças não permitiram, porém, que a apuração oficial fosse acelerada.

Comentários dos leitores
Evo Morales, guia espiritual indígena, só faltava essa. Essas republiquetas, nem sei se é isso, não tomam jeito mesmo. Até quando vamos conviver com essa idiotice angular, petrificada na cabeça dessa gente que resiste, intransigetemente, a sair da idade da pedra. A população da Bolívia, na sua maioria de indígenas não poderia ter melhor escolha, e logo, logo, esse indiozinho presidente, será aclamado o Montesuma da Bolívia. Durma com um barulho desse, ou se prepare pra uma longa insônia. Um povo quando é obstinado por natureza, não tem bronca, desenvolve mesmo. Olha, como pode um país cercado por ignorância por todos os lados e não se contaminar, só podia ser o Chile. Grande Chile, orgulho da América Latina e de todos nós, seus admiradores. Lá eles tem presidente, um funcionário do povo. Aqui é o paisão Lula, o papai noel Lula, na Bolívia, além de paisão, mais uma graduação: Guru, guia espiritual e outros adjetivos esdrúxulos. Tenha paciência! sem opinião
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Claudinei Garcia (11) 22/01/2010 16h32
Claudinei Garcia (11) 22/01/2010 16h32
Conforme escreveu a missiva Ana Chiummo, há algo de positivo em tudo isso. A oposição tem resistido à uma escalada sem precedentes de populistas que querem trilhar caminhos e modos de produção já há muito abandonados pelo mundo todo, com excessão da caquética Cuba. Enquanto a China Comunista aprova leis de proteção à propriedade privada, nós aqui no Brasil (leia-se o PNDH-3) buscamos aboli-la por baixo do pano. E o ilustre "bolivariano" começa a colher os primeiros frutos podres do seu governo! Sendo assim, como o PT nunca ganha o governo do estado de São Paulo (A única excessão é a prefeitura), tavez seja porque a maioria dos paulistanos prefere outros caminhos. E porque será? sem opinião
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Valentin Makovski (514) 17/12/2009 17h29
Valentin Makovski (514) 17/12/2009 17h29
Sr. Francisco Lemos
Mal informado o sr. está.
O Gás GLP é uma coisa, derivado do petróleo, utilizado em Botilhões de Gás. E na maioria das residencias do Brasil. Este sim teve aumento absurdo.
O Gás GN que vem da bolívia através tubulação, e que é utilizado por Residencias, Industrias, Comercios, não tem aumento desde 16/07/2006.
O GNV, utilizado em carros, sua última Tabela de preços é de 01/07/2009.
Ou seja, criticar somente por criticar o Evo Morales, é uma coisa, mas antes por favor saiba a diferença entre:
GLP & GN
Outra coisa, se diz muito da Bolívia, mas tivemos eleições lá de forma diréta e democrática, se o povo quis novamente o Evo Morales, aqui no Brasil se tem que respeitar e se for criticar saber criticar.
Nós não somos donos da razão temos direitos & deveres, temos que saber quando um extrapola o outro. Cuida Brasil, cada macâco no seu galho, blza?.
12 opiniões
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