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26/01/2010 - 18h54

Antigos aliados disputam Presidência no Sri Lanka

da BBC Brasil

Os eleitores do Sri Lanka votaram, nesta terça-feira, nas primeiras eleições presidenciais do país desde a derrota dos rebeldes do grupo Tigres de Libertação da Pátria Tâmil, no ano passado. A supressão, pelo governo, do movimento separatista dos Tigres Tâmeis pôs fim a 25 anos de guerra civil no país.

À exceção de pequenas explosões na cidade de Jaffna, no norte do Sri Lanka, não houve grandes incidentes durante a votação, cercada por forte esquema de segurança. Mais de 14 milhões de eleitores estavam cadastrados para votar em 11 mil centros.

Segundo a Comissão Eleitoral, a contagem dos votos começou três horas após o fechamento das urnas e os resultados devem ser anunciados na quarta-feira pela manhã.

Disputa

No total, 22 candidatos concorrem à Presidência. Se, após a primeira contagem, nenhum candidato conseguir 50% dos votos mais um, as segundas preferências serão computadas e o candidato com o maior número de votos será vencedor. A disputa está acirrada entre o atual presidente, Mahinda Rajapaksa, no cargo desde as últimas eleições presidenciais, em 2005, e seu rival, o ex-chefe do Exército general Sarath Fonseka.

Aliados na batalha para derrotar os Tigres Tâmeis, os dois se tornaram inimigos por discordarem sobre quem merecia os louros da vitória. Após a desavença, o general Fonseka decidiu disputar a Presidência.

Correspondentes da BBC no local dizem que com os votos da população da etnia cingalesa divididos entre os dois homens, os votos das minorias tâmil e muçulmana serão decisivos.

Paz

Para garantir uma taxa significativa de comparecimento às urnas, centros de votação foram posicionados para atender aos refugiados da guerra perto da cidade de Vavuniya, no norte. Um eleitor, Kandaswamy Wellarayanam, 73, andou 6 km de um campo de refugiados para colocar seu voto na urna. "Eu queria dar a minha opinião sobre quem deveria ser nosso próximo presidente", disse.

A segurança durante o pleito foi rigorosa por temores de violência. Mais de 68 mil policiais foram enviados para proteger os centros eleitorais. A maioria dos eleitores disse que votou pela paz e por melhorias na economia. Os dois principais concorrentes, Rajapaksa e Fonseka, prometeram subsídios e aumentos para o funcionalismo público.

Entretanto, economistas dizem que isto dificultará o cumprimento das condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) quando emprestou ao Sri Lanka US$ 2,6 bilhões.

Tensão

A campanha para a Presidência do Sri Lanka foi marcada por tensões. Uma entidade de monitoramento disse que duas bombas foram jogadas contra um organizador governista e também há relatos de que a casa de um parlamentar da oposição e dois postos eleitorais teriam sido atacados. A polícia negou os relatos.

No período que antecedeu a votação, quatro pessoas morreram e várias foram feridas em conflitos associados ao pleito. No domingo, a campanha do presidente Rajapaksa sofreu um revés quando a ex-presidente do país, Chandrika Kumaratunga disse que estava apoiando seu rival.

Kumaratunga disse que estava preocupada com a violência, a intimidação e a corrupção nas eleições.

 

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