Publicidade
Publicidade
Al Qaeda e Taleban "não se amam", diz filho de Bin Laden
Publicidade
WILLIAM MACLEAN
da Reuters, em Londres
A rede terrorista Al Qaeda e o grupo radical islâmico Taleban são apenas aliados de conveniência e "não se amam", diz um filho do terrorista saudita Osama bin Laden criado durante algum tempo entre combatentes da Al Qaeda no Afeganistão.
As relações entre os dois grupos são de grande interesse porque forças internacionais estão cogitando negociações com o Taleban afegão para promover um acordo político no Afeganistão e fomentar uma rixa entre o grupo e a Al Qaeda. Autoridades ocidentais acreditam que Bin Laden e seus seguidores, na maioria árabes, continuam radicados na região da fronteira afegã-paquistanesa, sob proteção dos líderes afegãos do Taleban.
Capturar ou matar Bin Laden continua sendo uma meta importante para as potências ocidentais, e analistas dizem que o Ocidente quer convencer o Taleban de que a Al Qaeda é um ônus dispensável.
"Embora as organizações da Al Qaeda e do Taleban se juntem quando necessário, elas não se amam", disse Omar bin Laden, 28, em entrevista por e-mail à Reuters. "Se não houvesse mais inimigos sobre a Terra, acredito que lutariam entre si."
Omar rompeu com o pai no começo de 2001, quando deixou o Afeganistão pela última vez, depois de passar cinco anos no país. Estima-se que Bin Laden tenha 20 filhos com diferentes mulheres --Omar é o quarto mais velho.
"Os jornalistas ainda escrevem que meu pai e o mulá Omar são muito próximos e aconselham-se mutuamente. Não acredito nisto. Eu estava ao lado do meu pai quando ele se encontrou com o mulá Omar. Embora os dois formem alianças quando necessário, cada um está mais feliz com sua própria organização e com os homens nessa organização. Não acredite no que você lê sobre a Al Qaeda e o Taleban serem camaradas próximos."
Sigilo
A entrevista foi organizada por intermediários, e Omar bin Laden não divulgou onde está vivendo, alegando razões de segurança. A imprensa tem dito que ele anda recentemente entre o Catar e a Arábia Saudita, onde nasceu.
Em "Growing up bin Laden" ("Crescendo como Bin Laden", em inglês), livro que escreveu junto com a mãe, Najwa, primeira esposa do militante, Omar bin Laden conta que presenciou em 1998 um encontro em que o mulá Omar teria exigido que o chefe da Al Qaeda deixasse o Afeganistão, depois dos atentados contra embaixadas dos EUA no leste da África, o que havia desencadeado bombardeios dos EUA no Afeganistão.
De acordo com esse relato, Bin Laden teria conseguido permanecer no país ao dizer ao mulá Omar que ele estava "cedendo à pressão infiel". Mas o líder do Taleban teria ido embora sem comer a refeição oferecida e sem se despedir, um insulto que seu pai não teria aceitado.
Omar escreveu que seu pai "não podia entrar numa batalha com o Taleban - ele sabia que perderia". Na entrevista, Omar bin Laden disse que seu pai tem uma personalidade forte e é capaz de superar as dificuldades da vida em cavernas remotas. "Tenho certeza de que meu pai está cuidando da sua vida, porque ele sente que está em uma missão pelo Islã (...) Tenho certeza de que ele está cercado por muitos homens que morreriam por ele."
Leia mais sobre o Afeganistão
- Países vizinhos ao Afeganistão apoiam negociação com talebans
- Carro-bomba explode perto de base dos EUA e fere cinco em Cabul
- Alemanha anuncia envio de mais 500 militares ao Afeganistão
Outras notícias internacionais
- Brasileiros serão vacinados contra gripe suína a partir de março
- Deputados da França querem proibir burca; veja diferenças entre véus
- Maioria dos sobreviventes do Holocausto têm estresse pós-traumático
Especial
- Veja o que já foi publicado sobre o Afeganistão
- Navegue no melhor roteiro de cultura e diversão da internet
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
avalie fechar
avalie fechar