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05/06/2007 - 19h56

Em nota oficial, lobista isenta Renan e diz prezar amizade com o senador

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Depois de prestar depoimento por mais de duas horas à Corregedoria do Senado, o lobista da empreiteira Mendes Júnior, Cláudio Gontijo, divulgou hoje nota oficial para afirmar que não utilizou recursos da empresa em nome do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para o pagamento de pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha.

Na nota, Gontijo afirma que Renan "assumiu espontaneamente" a paternidade e que as prestações alimentícias à criança "foram também por ele pagas de forma espontânea e exclusiva sem a mínima participação da construtora".

Segundo o advogado do lobista, Segismundo Marques Gontijo --que é irmão do empresário --, um dos traços "marcantes" da personalidade de Gontijo é a "fidelidade às suas amizades".

Na opinião do advogado, isso justificaria o fato de Gontijo entregar todo mês na sede da Mendes Júnior, em Brasília, um envelope para a jornalista em nome de Renan com o dinheiro da pensão e do aluguel de um apartamento à jornalista.

"Por várias vezes [Gontijo] conversou amistosamente com a jornalista Mônica Veloso. O canal de comunicação entre ambos foi interrompido por determinação do advogado da jornalista. Ele [Gontijo] reitera que faria tudo de novo com tranqüilidade", disse o advogado.

Gontijo deixou o Senado Federal sem dar declarações à imprensa. No final do depoimento à corregedoria, disse apenas que "sempre esteve tranqüilo porque quem está com a verdade sempre fica tranqüilo".

Depoimento

Além do corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), senadores que acompanharam o depoimento de Gontijo se mostraram convencidos da versão apresentada pelo lobista. "Ele era o guardião do segredo [da filha fora do casamento] por ser amigo do Renan. A quem ele poderia depositar confiança a não ser a um amigo pessoal? O dinheiro não era da empresa", disse o senador Gilvam Borges (PMDB-AP).

Para o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), Gontijo chegou ao final do depoimento sem apresentar versões contraditórias sobre o episódio --mesmo com os questionamentos de Tuma ao empresário.

"O senador Tuma foi e voltou várias vezes nas perguntas e eu não senti vacilação em momento alguma", disse Salgado.

 

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