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06/06/2007 - 11h27

Ministro diz que Renan foi vítima de uma "tremenda injustiça"

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) saiu nesta quarta-feira em defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de utilizar recursos da empreiteira Mendes Júnior para pagar parte de suas despesas pessoais.

Walfrido disse que Renan foi vítima de uma "tremenda injustiça" e negou qualquer articulação da base aliada para impedir a aprovação de representação contra o senador no Conselho de Ética do Senado.

"O Renan não vai precisar de nenhum de nós [do governo] para salvar-se. É um problema de natureza pessoal. Existe apenas uma suspeita maldosa. Não há indícios de que essa suspeita tenha se materializado em algo da empresa. O Renan vai resolver os problemas por ele mesmo", disse o ministro.

Walfrido classificou de "desastre" a divulgação de detalhes da vida privada do senador. Segundo a denúncia, o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, repassaria dinheiro da empresa à jornalista Mônica Veloso em nome de Renan para o pagamento de pensão. O senador tem uma filha de três anos com a jornalista.

O ministro disse, no entanto, que, quando denúncias da vida privada colocam em xeque a vida pública de uma autoridade, elas precisam ser questionadas.

Navalha

Walfrido disse que o governo não trabalha para barrar a instalação da CPI da Navalha no Congresso Nacional. O ministro afirmou, porém, que não vê clima para a instalação da comissão.

"Não tem da nossa parte nenhuma intenção política de nos posicionarmos contra ou a favor [da CPI]. Ontem, alguns deputados me afirmaram que estavam dispostos a retirar assinaturas do requerimento [que pede a instalação da CPI]. Quem é que gosta de CPI? A oposição. O governo tem seus próprios meios para investigar", disse.

O ministro elogiou a atuação da Polícia Federal na Operação Navalha --que descobriu fraudes em licitações do governo federal pela empresa Gautama. Segundo Walfrido, as ações da PF para desbaratar quadrilhas têm sido "espetaculares".

Irmão de Lula

Walfrido não confirmou se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado com antecedência pela PF sobre o mandado de busca e apreensão realizado anteontem na casa de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em São Bernardo do Campo, na Operação Xeque-Mate.

Segundo o ministro, Lula soube duas horas depois que a casa de seu irmão havia sido vistoriada pela PF. "Essa é uma investigação do Mato Grosso do Sul. Os promotores pediram ao juiz a busca e a apreensão na casa de Vavá. O presidente foi informado duas horas depois. A informação que eu tenho é essa", disse.

Apesar do indiciamento do irmão de Lula, Walfrido afirmou que não há provas do envolvimento de Vavá em irregularidades. "Indiciamento não é prova de culpa. É uma suspeita de que alguma coisa está errada. O indiciamento é apenas o primeiro passo no processo", afirmou.

Vavá foi indiciado pela PF por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário.

 

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