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11/06/2007 - 12h22

PF ouve depoimentos de policiais sobre máfia dos caça-níqueis

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da Folha Online

A Polícia Federal ouviu na manhã desta segunda-feira os depoimentos do delegado da Polícia Civil Marcelo Vargas e do coronel da Polícia Militar Marco Antonio David dos Santos no inquérito que apura a suposta máfia dos caça-níqueis --desarticulada pela Operação Xeque-Mate.

O delegado da PF Aldo Brandão também seria ouvido hoje. Mas ele apresentou atestado médico de 30 dias adiando o seu depoimento.

Os policiais, segundo a PF, aparecem nas gravações feitas com autorização da Justiça conversando com outros suspeitos de ligação com a máfia dos caça-níqueis presos pela PF. Entre as conversas gravadas há chamadas para os policiais Fernando Augusto Soares Martins e Elenilton Dutra de Andrade.

Na parte da tarde, a PF deve retomar os depoimentos dos 67 presos que tiveram a prisão temporária renovada para confrontar declarações contraditórias dos acusados.

Temporária

A Justiça prorrogou na sexta-feira a prisão temporária de 67 dos 80 detidos na operação sob suspeita de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.

Segundo a PF, apenas 13 presos pela operação foram liberados na noite de sexta-feira.

O juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), Dalton Igor Kita Conrado, autorizou a prorrogação da prisão de 27 detidos, entre eles o empresário de jogos Nilton Cézar Servo e o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dario Morelli Filho. Já a Justiça de Três Lagoas (MS) prorrogou a prisão de outros 40.

Segundo reportagem publicada neste domingo pela Folha, Nilton Cézar Servo apresenta Dario Morelli Filho, em uma conversa gravada em maio pela Polícia Federal, como o "homem forte" do PT que estava na campanha do presidente Lula à reeleição e de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.

Antes de ser detido na operação, Morelli era assessor técnico da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema), com salário de R$ 4.000.

Segundo a reportagem, no dia 24 de maio, a PF captou uma conversa de Servo com um homem não-identificado. No diálogo, o empresário convida o interlocutor para um encontro. 'Eu estou aqui com o homem forte. Aquele que eu mandei você ligar na campanha para ele, que estava na campanha', diz Servo. 'A do Lula?', pergunta o interlocutor. 'É, do Lula, do Mercadante', responde Servo.

Nas campanhas de Lula e Mercadante, explica a reportagem, Morelli foi contratado para alugar e fornecer carros. À PF, ele afirmou que o serviço de locação de carros à campanha de Mercadante fez sua movimentação financeira subir de R$ 320 mil, em 2005, para R$ 661 mil no ano passado. Sobre a campanha de Lula, ele não precisou em qual trabalhou.

A reportagem informa ainda que outras escutas telefônicas, segundo a PF, apontaram que Morelli corrompia policiais para manter os caça-níqueis.

Em depoimento à PF, Morelli disse que já sabia da existência de grampo em seu telefone, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira pela Folha.

Ele afirmou ter sido avisado por um suposto anônimo, que teria ligado para seu telefone celular "em data que não soube precisar". No telefonema, oriundo de um aparelho da região metropolitana de São Paulo, o homem teria dito para Morelli "tomar cuidado", pois ele estava grampeado.

 

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