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11/06/2007 - 12h38

Sibá diz que processo de Renan vai ser concluído em um mês

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Pela primeira vez hoje, o presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), e o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) --que é relator do processo que investiga as denúncias sobre a suposta quebra de decoro por parte do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL)-- se reuniram para discutir o caso. Se depender de Sibá, o processo será encerrado em, no máximo, 30 dias.

Nesta segunda-feira, Renan será comunicado para apresentar sua defesa no caso. Evitando fornecer detalhes sobre como será sua rotina de trabalho, Cafeteira disse ser um "ônus" relatar o caso e prometeu "acelerar" o exame do material que recebeu hoje de Sibá.

De acordo com o petista, Cafeiteira recebeu cópias da representação encaminhada pelo PSOL contra Renan, de reportagens publicadas na imprensa, notas taquigráficas e a análise feita pelo corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP).

"Eu não me sinto contrariado com coisa alguma. Eu não tenho porque temer nada", afirmou Cafeteira, que não queria dar entrevista justificando que não conhecia o processo. "Eu não pleiteei ser relator. Nem vim na sessão [do Conselho de Ética) em que me escolheram [relator]. Eu sei das minhas obrigações. Isso é uma obrigação. Não é prêmio, não. É um ônus."

Ao ser questionado sobre o clima de proteção em torno de Renan, Cafeiteira afirmou que "se houver provas, o conselho terá de punir".

Segundo ele, não está descartada a possibilidade de convidar a jornalista Mônica Veloso --com quem Renan tem uma filha.

Cafeteira e Sibá não se entenderam em relação à comunicação de que o primeiro relataria o processo. Ele disse que soube pela imprensa que foi escolhido como relator. Já o petista disse ter telefonado para o colega para informá-lo. "Não houve imposição de nada", disse Sibá.

Denúncias

A pedido do PSOL, Renan é investigado no Conselho de Ética por quebra de decoro, por supostamente ter recebido dinheiro da construtora Mendes Júnior por meio do lobista Cláudio Gontijo para pagar suas contas particulares --como o aluguel da jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha, além da pensão alimentícia da criança.

Na sexta-feira, o presidente do Senado divulgou documentos da Receita Federal que comprovariam a não-alteração de suas declarações de Imposto de Renda, rebatendo informações de que ele teria feito as modificações para sustentar sua afirmação de que o dinheiro para pagar as contas veio de sua renda pessoal.

O presidente do Senado pediu os dados ao secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Segundo a assessoria do Senado, Renan irá disponibilizar essas informações, que são sigilosas, para a Corregedoria Geral e para o Conselho de Ética da Casa.

A assessoria do senador divulgou dois documentos informando que não houve retificação nas declarações de IR entre 1º de maio de 2007 e a data de hoje. Os dados são assinados por Rachid e Donizetti Rodrigues, coordenador-geral substituto de tecnologia da informação da Receita.

De acordo com reportagem publicada no jornal "Correio Braziliense", Renan teria retificado nas últimas semanas suas declarações para demonstrar ter condições de pagar contas pessoais.

 

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