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Itesp diz que projeto regulariza áreas do Pontal do Paranapanema
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da Agência Folha, em Presidente Prudente
O diretor-executivo do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), Gustavo Ungaro, afirmou hoje, em nota, que o anteprojeto de lei assinado pelo governador José Serra propõe a regularização de áreas da região do Pontal do Paranapanema e não "legitima grilagens".
"[O anteprojeto] não legitima grilagens, e sim busca solução mais célere para o histórico problema fundiário daquela região do Estado."
Segundo ele, "a eternização do conflito pela terra" não interessa ao Itesp, que "vem contribuindo para que iniciativas voltadas ao desenvolvimento e à realização da justiça social possam prosperar".
O presidente nacional da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, 46, disse que a entidade oferecerá seu departamento jurídico para atender aos proprietários que tiveram as áreas invadidas.
Uma delas, a fazenda Guarani, em Presidente Bernardes (589 km a oeste de SP), teve hoje a 14ª invasão desde 2005 (a terceira neste ano). "Isso [invasão] só traz prejuízos e perturbação", disse administrador da área, Oscar Haruo, que registrou ocorrência da invasão.
A Guarani tem 461,39 ha. Segundo Haruo, a área é produtiva. "Criamos 400 cabeças de gado de corte."
Para o fazendeiro José Carlos Pires da Costa, 62, dono da fazenda Coqueiro, em Presidente Venceslau (620 km a oeste da capital), também invadida hoje, o movimento é político, não direcionado a fazendas específicas.
"Tenho domínio e escritura do terreno, que está com a minha família há 60, 70 anos. Não vejo outro motivo para a invasão", diz ele, que registrou ocorrência.
Segundo Costa, a fazenda tem 479,5 ha, onde são criadas 550 cabeças de gado.
"É uma terra produtiva", disse o fazendeiro Valdivino Ramos Moreira, 87, dono da fazenda Santa Terezinha, em Presidente Bernardes, também invadida hoje. Segundo ele, o terreno de 484 ha, que está com a família há 39 anos, é utilizado para a criação de aproximadamente 300 cabeças de gado.
Moreira registrou ocorrência e diz pretender ingressar com reintegração de posse amanhã.
Clóvis Sacchi, 65, dono da fazenda São José, em Piquerobi (615 km a oeste de São Paulo), diz que o terreno, de 500 ha, é produtivo. "Há uma plantação de milho em 60 ha e criação de 600 cabeças de gado."
A reportagem não conseguiu localizar os proprietários das outras áreas invadidas.
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