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Jobim se reúne com presidente da Infraero para discutir substituições na estatal
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da Folha Online
O ministro Nelson Jobim (Defesa) se reúne nesta sexta-feira com o novo presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, para discutir as substituições nas diretorias da estatal. Ontem, o ministro disse que não aceitará partidarização na troca de diretores e superintendentes da Infraero.
"O que ficou combinado e ficou muito claro é que os critérios dentro da Infraero, em especial dos superintendentes, são rigorosamente técnicos, ou seja, não serão critérios de natureza política", afirmou.
Questionado se as mudanças vão promover uma "limpeza geral" na Infraero, Jobim disse apenas que vai cobrar a adequação dos novos diretores a critérios definidos pelo governo à estatal. "Os diretores e superintendentes têm que se referir, se referenciar ao presidente [Gaudenzi] e não ao ministro da Defesa. Não haverá partidarização", enfatizou Jobim.
Gaudenzi disse que os diretores já elaboraram cartas colocando os cargos à disposição. Na opinião do presidente da Infraero, a indicação de técnicos será "obrigatória" para a estatal. "Esse viés técnico para diretores é fundamental", afirmou.
O presidente da estatal não quis adiantar, no entanto, nomes em estudo pelo governo para substituir os diretores da Infraero.
Diretorias
Na quarta-feira, Jobim anunciou, em depoimento à CPI do Apagão Aéreo no Senado, que o diretor de operações Rogério Barzellay será substituído pelo brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva --chefe do Estado-Maior do Ministério da Defesa.
A Infraero tem cinco diretorias: operações, administração, comercial, financeiro e engenharia. Os diretores têm mandato de dois anos e podem ser reeleitos por mais dois. Dos cinco dirigentes da empresa, pelo menos dois têm padrinhos políticos conhecidos: os diretores de administração, Marco Antonio de Oliveira, e de engenharia, Eleuza Lores.
Demissões
Apesar da disposição de Jobim em substituir o comando da Infraero, o presidente da estatal minimizou o fato dos diretores já estarem elaborando cartas de demissão. "Não quer dizer que vão sair. É uma praxe no serviço público. Eu mesmo sempre fiz isso de colocar o cargo à disposição [quando há troca de comando]", disse Gaudenzi.
O novo presidente da Infraero defendeu que a estatal trabalhe de forma conjunta com os demais órgãos que administraram o setor aéreo, como o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). "Tem que haver uma congregação de esforços", afirmou.
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