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Quintanilha encontra dificuldades para indicar relator do caso Renan
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), encontra dificuldades para indicar um relator ao novo processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Depois de ter o seu convite recusado pelos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), o senador Adelmir Santana (DEM-DF) também não aceitou o pedido de Quintanilha para assumir a relatoria.
O senador Almeida Lima (PMDB-SE), que relata o primeiro processo contra Renan ao lado de Casagrande e Serrano, mantém sua disposição em assumir a nova relatoria sozinho. Lima, no entanto, é um dos principais aliados de Renan no Senado --o que gerou desconfianças da oposição sobre a sua indicação.
Quintanilha reluta em manter Lima na relatoria para não ser acusado de favorecimento ao presidente do Senado --uma vez que é do mesmo partido do senador. Segundo assessores, o presidente do Conselho de Ética vai conversar com outros senadores até o final da tarde de hoje em busca de um novo relator. A disposição de Quintanilha é manter Lima no cargo somente se receber outras negativas dos parlamentares.
O novo processo vai investigar a denúncia de que Renan teria procurado o INSS para reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol depois que a empresa comprou uma fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado. É o segundo processo contra Renan, que já responde no conselho à acusação de que teria usado dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso --com quem tem uma filha fora do casamento.
Os dois relatores do primeiro processo, que analisam a denúncia ao lado de Lima, negaram o convite para a nova relatoria com o argumento de que um acúmulo de função poderia prejudicar as investigações que já estão em curso.
Impasse
A maior dificuldade de Quintanilha está em encontrar nomes para a relatoria que não sejam de oposição declarada ao presidente do Senado, nem fiéis aliados do peemedebista. Na prática, o presidente do conselho teria somente três opções para o cargo: Augusto Botelho (PT), Wellington Salgado (PMDB) e Gilvam Borges (PMDB). Os demais são da oposição ou de partidos governistas tidos como "independentes" --o que não agrada a Renan.
Santana, apesar de ser da oposição, é considerado pelos colegas como um parlamentar equilibrado --sem a disposição pré-determinada de recomendar a eventual perda de mandato de Renan. Por este motivo, foi indicado para a nova relatoria.
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