Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/08/2007 - 13h04

Líder do DEM defende que partido abra seu voto no caso Renan

Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), vai tentar convencer os quatro integrantes do partido no Conselho de Ética da Casa a votarem de forma aberta o relatório do primeiro processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), vai definir com os integrantes do órgão o sistema de votação, mas defende que o voto seja fechado com o argumento de que, no plenário do Senado, o regimento interno prevê votação secreta.

Como não há um artigo no regimento do Senado que estabeleça o tipo de votação no conselho, Quintanilha disse que o órgão deve seguir a determinação legal vigente para o plenário. O senador pediu um parecer à consultoria jurídica do Senado sobre o sistema de votação no conselho, mas ainda não recebeu o documento.

Agripino argumenta que o relatório do primeiro processo contra Renan será elaborado por três relatores. Como os três já terão que abrir o voto, o senador democrata defende que a sistemática seja seguida por todos os 15 integrantes do conselho.

"Se tivéssemos só um relator, poderíamos até discutir o voto secreto. Mas expor três senadores e pedir voto fechado aos restantes é um desrespeito aos três. Eu vou recomendar que, se tiver a iniciativa de alguém fechar o voto, os membros do DEM no conselho abram os seus votos", disse Agripino.

O líder democrata espera que o PSDB, seu aliado na oposição, tenha a mesma iniciativa para evitar a votação secreta no processo contra Renan. "Em nome da transparência aos três relatores, eu vou pedir que os membros do DEM votem aberto. Mas a decisão é individual."

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), já adiantou que vai seguir a determinação de Agripino. Por meio de assessores, Tuma disse que defende o voto aberto porque o Conselho de Ética deve ser solidário aos três relatores que vão abrir publicamente seus votos.

Aliados de Renan defendem o voto secreto no Conselho de Ética porque já esperam a derrota do parlamentar. Apesar de partidos do governo integrarem em maioria o conselho, alguns senadores considerados "independentes" caminham para pedir a cassação de Renan --como Eduardo Suplicy (PT-SP) e Renato Casagrande (PSB-ES).

Votação

A votação do relatório do primeiro processo contra Renan está marcada para quinta-feira. Os três relatores do caso --Casagrande, Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE)-- não devem chegar a um consenso sobre um único texto para o processo.

Lima já adiantou que vai pedir a absolvição de Renan nas acusações de que o presidente do Senado teria usado dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso --com quem tem uma filha fora do casamento. Serrano e Casagrande caminham para pedir a cassação do peemedebista, mas ainda encontram divergências sobre o mérito das denúncias.

A expectativa de Agripino é que os dois parlamentares cheguem a um consenso para elaborarem apenas um relatório para o caso. Dessa forma, dois relatórios seriam colocados em votação no plenário do conselho --um deles elaborado por Lima e, outro, em conjunto por Casagrande e Serrano.

Quintanilha vai reunir os três relatores amanhã na tentativa de unificar o trabalho dos três em um único relatório. Se não houver consenso, o presidente do Conselho de Ética adiantou que vai submeter todos os relatórios à votação no plenário do órgão.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página