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PSOL quer trocar relator de processo contra irmão de Renan na Câmara
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PSOL pediu hoje ao Conselho de Ética da Câmara o afastamento do relator que analisa a representação contra o irmão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), acusado de quebra do decoro parlamentar. O deputado Sandes Junior (PP-GO) --que relata a denúncia de que o irmão de Renan teria ligações com a Schincariol-- disse nesta quarta-feira que recebeu R$ 50 mil da empresa como doação para sua campanha eleitoral em 2006.
O requerimento do PSOL é assinado pela presidente do partido, Heloísa Helena (AL), e pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Os dois afirmam, no texto, que Junior deve deixar a relatoria porque têm ligação direta com a empresa que investiga. O PSOL é autor da representação que deu origem ao processo de perda de mandato contra Olavo Calheiros no Conselho de Ética.
"Cientes de que o relator recebeu doações de campanha da Schincariol, sentimo-nos prejudicados por óbices ao livre curso de nossa iniciativa, com eventual perda de isenção do relator. Para o concreto andamento da proposição, pedimos sua substituição", afirma o pedido do PSOL.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse esperar que o relator peça o afastamento do cargo. Izar vai conversar com Junior na próxima terça-feira, mas não adiantou se vai exonerá-lo da função caso o deputado não renuncie por conta própria. "Seria confortável para o conselho se ele renunciasse. Eu vou conversar com ele para ver suas intenções. Quero saber de tudo direitinho para não cometer nenhuma injustiça", afirmou Izar.
Ao revelar que tinha recebido doações da Schincariol, Junior disse que a sua ligação com a empresa não apresenta riscos ao processo. O relator já sinalizou que vai absolver o irmão de Renan por falta de provas.
Reportagem da "Veja" acusou os irmãos de terem trabalhado para reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS em troca de a empresa comprar a fábrica de refrigerantes do irmão de Renan por valor acima do mercado. O deputado disse que construiu a empresa num terreno que ganhou da Prefeitura de Murici, que teve, por oito anos, isenção do Estado e que o dinheiro para comprar veio de empréstimo do Banco do Nordeste.
Renan também responde a processo no Conselho de Ética do Senado pela mesma denúncia. O caso, que é relatado pelo senador João Pedro (PT-AM), também caminha para ser arquivado pelos parlamentares. O processo é o segundo dos três que Renan responde no conselho por suspeitas de quebra de decoro parlamentar.
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