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Governadora do RN defende que políticos sejam julgados pela Justiça
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TATHIANA BARBAR
da Folha Online
A governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB), defendeu nesta segunda-feira, ao comentar a absolvição de Renan Calheiros (PMDB-AL) pelo plenário do Senado, que os políticos também sejam julgados pela Justiça.
"A classe política está em xeque hoje. Eu não sou senadora, não posso falar que votaria pela cassação [de Renan], seria oportunismo da minha parte. Mas é a Justiça que precisa julgar. É necessário acabar com a impunidade em todos os setores, pouca gente é punida neste país", disse a governadora ao participar de um almoço-debate do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), no hotel Renaissance, em São Paulo.
Wilma de Faria afirmou que as acusações contra o presidente do Senado são graves. "Talvez o meu comportamento como acusada seria de me afastar. As acusações são graves, mas não vou julgar. Quem deve julgar é a Justiça, e os julgamentos devem ser mais céleres."
A governadora defendeu ainda que toda a classe política coloque sua vida à disposição da população. "Os bons não podem temer, correr, este é o meu medo. A minha vida pública eu abro, sou transparente e só assim o povo continuará confiando. É necessário separar os maus dos bons."
Na última quarta-feira, o plenário do Senado rejeitou o projeto de resolução que pedia a cassação do mandato do presidente da Casa. Para ser cassado, Renan precisaria ter recebido 41 votos favoráveis à perda de mandato.
O placar foi: 35 votaram pela cassação de Renan e 40 pela absolvição, além de seis abstenções.
Neste primeiro processo, Renan era acusado de ter utilizado recursos da construtora Mendes Júnior para pagar despesas pessoais, como aluguel e pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.
Apesar da vitória no plenário do Senado, o peemedebista ainda deve responder por mais três processos no Conselho de Ética da Casa --sob as acusações de que teria beneficiado a empresa Schincariol junto ao INSS e grilado terras em Alagoas junto com seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL); de que teria usado laranjas para a compra de rádios e de um jornal em Alagoas; e de que teria participado de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro em ministérios chefiados pelo PMDB.
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