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Oposição derrota Renan e impede aprovação de indicação de diretor do DNIT
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sofreu a primeira derrota no comando da Casa após escapar na semana passada de um processo de cassação. A decisão do PSDB e do DEM de obstruir as votações no plenário do Senado conseguiu impedir, nesta terça-feira, a aprovação da indicação de Luiz Antonio Pagot para a diretoria-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes).
A oposição orientou as bancadas a esvaziarem o plenário da Casa e os governistas, por sua vez, não conseguiram reunir o quórum mínimo de 41 parlamentares necessário para a votação da indicação de Pagot.
Com apenas 38 senadores no plenário da Casa, a votação da mensagem que indica Pagot para a presidência do DNIT caiu por falta de quórum. "Hoje ganhamos a parada. Amanhã, vamos manter a mesma coisa", anunciou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).
A oposição promete manter a obstrução às votações no plenário para pressionar o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a se afastar do cargo. O PSDB e o DEM afirmam que Renan não tem condições políticas para presidir a Casa porque responde a três processos no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.
"O que nós queremos é a ausência do Renan da presidência", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
O PSDB e o DEM cobram, além do afastamento de Renan, a votação de três matérias consideradas prioritárias para a oposição.
A primeira delas obriga o afastamento de integrantes da Mesa Diretora que estejam sob investigação do Conselho de Ética. O segundo projeto de resolução acaba com as sessões secretas no Senado para votações de perda de mandato.
A oposição também cobra a votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do ex-senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) que acaba com o voto secreto no Congresso Nacional.
"Essas são três condições para que a oposição não obstrua os trabalhos da Casa. Estaremos em uma posição de combate na sessão plenária de hoje. Estamos prontos para nossas idéias triunfarem", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgilio (AM).
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