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Verba do Bemge foi para valerioduto, diz PF
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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo
O relatório da Polícia Federal sobre o valerioduto de Minas, encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal), aponta que R$ 500 mil em recursos públicos saíram do Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais), em 1º de setembro de 1998, para a fracassada campanha à reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB), hoje senador.
Foram cinco cheques de R$ 100 mil do grupo Bemge, supostamente para patrocínio de evento esportivo organizado pela agência SMPB, emitidos 14 dias antes de o banco ser adquirido em leilão de privatização pelo Itaú. Os cheques foram depositados na conta da SMPB --do empresário Marcos Valério de Souza, denunciado por operar o mensalão do PT-- no Banco Rural.
É a primeira vez que esse fato vem à tona com os comprovantes dos supostos pagamentos levantados pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF.
O Ministério Público de Minas abriu procedimento investigatório para apurar a questão do patrocínio esportivo. Em 2003 a denúncia foi apresentada ao STF sem citar o Bemge. A primeira vez que o nome do banco veio à tona foi em 2005, na lista do então tesoureiro da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão --na qual aparecia escrito valor maior, R$ 1 milhão.
Até então, as investigações se davam em torno de duas empresas estatais: Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) e Comig (que virou Codemig, empresa de desenvolvimento econômico).
Além das duas, em 2005 a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) passou a ser também investigada por suposta colocação de recursos públicos na campanha de Azeredo na forma de gastos com campanhas publicitárias da estatal.
Segundo o relatório da PF, teriam entrado da Cemig R$ 1,67 milhão; da Copasa e Comig, R$ 1,5 milhão de cada uma.
No caso do Bemge, o dinheiro teria entrado na forma de patrocínio ao evento "Iron Biker - O Desafio das Montanhas". A investigação mostrou que cada cheque de R$ 100 mil foi emitido por uma empresa do grupo Bemge: Financeira, Administração Geral, Seguradora, Cartão de Crédito e DTVM.
Apesar de no verso de 3 dos 5 cheques constar a inscrição "Iron Biker", a PF diz que "nos coletes dos competidores e nas placas de identificação das bicicletas, principais materiais de divulgação dos patrocinadores, não consta a logomarca do grupo Bemge". Menção ao Bemge aparece apenas em um folder distribuído no evento.
Considerando que empresas privadas que patrocinaram o evento com valores de cerca de R$ 3 mil tiveram espaço mais valorizado nos materiais de divulgação, a PF disse que a operação foi "uma simulação para promover o desvio de recursos em benefício da campanha de Eduardo Azeredo".
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Mau Político é um Pleonasmo Vicioso. Algo como subir para cima, entrar para dentro ou sair para fora...
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Eu vejo os desesperados PeTófilos quererem associar tudo de ruim ao nome de Serra, das chuvas (o dobro da média para o período) às mortes pelas chuvas (muito menos do que no Rio de Janeiro - Angra dos Reis e Ilha grande, cidades e estado governados pelo PMDB, aliados do PT), à enchente no Jardim Pantanal, instalado lá há quase 40 anos, ou seja passou por Abreu Sodré, Maluf, Pitta, Jânio, Erundina, Marta, Serra e Kassab (não nesta ordem), em área de invasão, notadamente em cota mais baixa que o rio Tietê. Agora a culpa é do Serra...
Daqui mais um pouco vamos ler comentários afirmando que o terremoto no Haiti foi culpa do Serra...
É cômico o desespero desse pessoal.
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