Conselho se reúne na terça para discutir 2º processo contra Renan

O Conselho de Ética do Senado se reúne na próxima terça-feira para discutir o segundo processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Nesse caso, ele é acusado de reverter uma dívida de R$ 100 milhões da Schincariol junto ao INSS. Em troca, a empresa teria comprado uma fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por R$ 27 milhões --6,5 vezes o valor declarado por Olavo à Justiça.

Na ocasião, o conselho vai colocar em votação o relatório do senador João Pedro (PT-AM), que recomenda o "sobrestamento" (paralisação) do segundo processo contra Renan. O senador defende que o conselho congele as investigações até que o Conselho de Ética da Câmara apure se há indícios do envolvimento de Renan ou de seu irmão com a Schincariol.

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Conselho de Ética se reúne na terça para discutir segundo processo contra Renan

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos fiéis aliados de Renan, já adiantou que apresentará voto em separado para pedir o arquivamento do processo. Salgado argumenta que não há provas de que Renan teria feito lobby no INSS para reverter a dívida da Schincariol.

"Eu vou apresentar o meu voto em separado pelo arquivamento. Tem uma guerra para vir nas outras duas representações [contra Renan], por que vamos deixar isso suspenso?", questionou Salgado.

Além de colocar em votação o segundo processo contra Renan, o Conselho de Ética também vai decidir se unificará as três ações que tramitam no órgão contra o peemedebista. A bancada do PT no Senado defende a unificação com o argumento de que, reunidos em um único texto, os processos poderão tramitar com agilidade no Senado.

Alguns parlamentares são favoráveis à designação de relatores distintos para os processos, mas que sejam apresentados em um único dia no plenário da Casa para facilitar a votação.

Processos

No último dia 12, Renan foi absolvido no primeiro processo com 40 votos favoráveis, 35 pela cassação e seis abstenções, numa votação secreta. Ele era acusado de usar recursos da Mendes Júnior para pagar despesas pessoais, como pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

Apesar de ter sido absolvido na primeira ação, o senador ainda responde a outros três processos por quebra de decoro parlamentar. No segundo, ele é acusado no caso Schincariol.

Na terceira representação, Renan é acusado de usar laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas com recursos não declarados à Receita Federal.

Por fim, o peemedebista ainda responde à denúncia de que teria participação em um esquema de desvio de dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB.

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