Aécio critica aumento de gastos da União com funcionalismo público

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), criticou nesta terça-feira o aumento de gastos da União com funcionalismo público e também as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre choque de gestão com novas contratações.

"Minas Gerais é o melhor exemplo. Sem aumentar o número de servidores aumentamos a eficiência. Choque de gestão é gastar menos com a estrutura dos Estados e mais com as pessoas", defendeu o governador.

Ontem, o presidente Lula afirmou que contratações e criação de secretarias não incham a máquina pública. "É preciso parar com a mania de achar que contratar gente para trabalhar para o Estado brasileiro é inchaço de máquina, porque se vendeu uma falsa idéia, num período não muito distante, de que todo servidor público brasileiro era marajá."

Para o governador, é preocupante o fato de a União elevar os gastos com servidores e não sobrar espaço para o aumento dos investimentos. Aécio afirmou ainda ser possível promover a redução da alíquota da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). No entanto, espera que o governo acene no Senado Federal, onde a prorrogação da cobrança do tributo será discutida, com uma maior destinação de recursos aos Estados, e não necessariamente com a redução da alíquota de 0,38%.

A CPMF foi um dos temais discutidos com o ministro Guido Mantega (Fazenda), assim como a reforma tributária. Para ele, o governo deve enviar o projeto da reforma ao Congresso Nacional e deixar com que os parlamentares cheguem a um consenso.

Mensalão tucano

Aécio ficou irritado ao ser questionado sobre o mensalão tucano --esquema de caixa dois na campanha para o governo do Estado em 1998.

Ele afirmou que assumiu apenas em 2002 e que as denúncias são de período anterior. "Eu não sou a pessoa mais adequada para falar sobre esse assunto. Eu desconheço. Não tenho qualquer relação."

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