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01/10/2007 - 17h45

PMDB tenta afinar discurso no Senado para retomar diálogo com o Planalto

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), vai reunir a bancada esta semana para tentar afinar o discurso e evitar novas rebeliões que tragam prejuízos ao governo federal na Casa. O Palácio do Planalto acendeu o sinal de alerta após a revolta de peemedebistas, na semana passada, que rejeitaram a medida provisória que criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo da Presidência da República.

Apesar de acreditar na retomada do diálogo entre o Palácio do Planalto e a bancada, Raupp admitiu que a coesão na legenda é algo impossível de se conquistar. "A bancada não vai ficar dividida, mas unificar uma bancada 100% é difícil. Temos dissidentes históricos", reconheceu.

Sem o discurso afinado com a base aliada, o governo teme não conseguir aprovar no Senado a PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até o ano de 2011. Raupp admitiu que serão necessários entre "seis e sete votos fora da base aliada" para que a matéria passe no plenário da Casa.

"Se a votação fosse amanhã, ficava difícil, não só pelo PMDB. Mas acho que dá para resolver as pendências até a votação", afirmou.

O governo considera que enfrentará uma batalha no plenário do Senado para conseguir prorrogar a contribuição até 2011 se não houver coesão entre os aliados.

O líder peemedebista espera conversar amanhã com o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) para dar início às negociações com o governo. Raupp vai participar, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de reunião da coordenação política do governo nesta terça-feira --quando pretende expor em um encontro reservado com Walfrido as principais reivindicações da bancada que provocaram a rebelião na semana passada.

"Não é levar uma lista de reivindicações, mas sim um levantamento das demandas. Cada Estado [representado pelos senadores do PMDB] tem a sua cota. Alguns não têm demanda nenhuma, mas outros sim. Temos que resolver caso a caso e aos poucos", reconheceu.

Minas e Energia

Uma das principais reivindicações do PMDB do Senado é o controle do Ministério de Minas e Energia. Com a saída de Silas Rondeau do cargo --após ser acusado de envolvimento com fraudes na empresa Gautama --o grupo teme perder o controle da pasta, que vem sendo ocupada interinamente pelo ministro Nelson Hubner.

"O PMDB do Senado só tem o Ministério das Comunicações. O da Defesa não é da nossa cota, nem o da Saúde, nem o da Integração Nacional, apesar de todos serem do PMDB. Se o PMDB está na coalizão, temos que ter participação nas políticas públicas", defendeu.

Raupp admitiu que o retorno de Rondeu para o cargo contentaria a bancada do partido no Senado. "Se ele for inocentado, [a reivindicação] é a volta dele."

O líder calcula, no entanto, que serão necessários pelo menos quatro meses para que o diálogo entre o Executivo e o PMDB seja retomado integralmente, com a solução das "pendências" apresentadas pela legenda. "Tem muita coisa mal resolvida", admitiu.

Diálogo

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a base aliada está em processo de "ordenamento" para a solução dos impasses.

"Vamos ter nesta semana uma reunião do PMDB, depois com outros partidos. Só teremos a base unida no momento em que todas as questões tiverem esclarecidas, no momento que o presidente entender que é preciso participar, e que sua participação é muito bem-vinda", afirmou.

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Comentários dos leitores
Alcides Emanuelli (1206) 08/06/2009 19h52
Alcides Emanuelli (1206) 08/06/2009 19h52
E aqui estamos a pensar, tentar comprender tudo o que esta acontecendo e não conseguimos entender nada disso tudo.
São escandalos e mais escandalos de corrupção ativa que não terminam mais, se formos enumerar serão tantos que não vamos conseguir comprender mais nada.
Se os salarios dos Politicos são excelentes, se o Poder da emprego para todos eles e mais para seus amigos os amigos dos seus amigos e os parentes de suas empregadas como vamos entender que ainda assim precisam roubar tantos.
E olhem bem que o roubo vem de todos os lados, ele não tem limites para se instalar é como uma doença que mata que se instala no homem como o Cancer ou o HIV, se instalando no corpo da Nação brasileira e atraves disso tirando sua vida, sugando toda sua vida para cooexistir com o que tirou do corpo da Nação brasileira.
Os escandalos de corrupção são tantos e ilimitados, quando esperamos que vai parar, aparece outro maior ainda e todos vindo do Poder e o pior de tudo é que os donos do poder se acham com razão ainda em roubar tanto do povo brasileiro através de Estatais.
Estamos estarrecidos mas isso não é tudo!
Quando vemos as propagandas de programação cultural para o povo patrocinada pelos governadores de Estados com shows de todos os tipos o Estado pagando tudo, ninguem diz nada mas são a mil e uma caras da corrupção.
Quando vemos estampadas propagandas dos Correis, da Petrobras, do BB, da CEf, em eventos dessa natureza ninguem do Ministério Publico faz auditoria e ninguem contesta!
sem opinião
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Bolinha da Lulu (239) 19/05/2009 19h25
Bolinha da Lulu (239) 19/05/2009 19h25
manchete.
"Nova líder do governo diz que sua principal missão é estabilizar relação entre PT e PMDB"
Só gostaria de saber como vão dividir o bolo, pois a única coisa que interessa a todos é não esperar o bolo crescer, mas come-lo até o farelo.
2 opiniões
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caio bastos lucchesi (74) 19/05/2009 12h44
caio bastos lucchesi (74) 19/05/2009 12h44
Utopia!
Como pode tentar harmonizar a base governista,
uma pessoa que precisa dedicar-se integralmente
a propria defeza,nos escandalos das ONGs barriga
verde.
6 opiniões
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