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02/10/2007 - 19h24

Disputa interna no PMDB do Rio pode impugnar filiação de Eduardo Paes

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A disputa de poder pelo controle do PMDB do Rio de Janeiro pode levar à impugnação da filiação do ex-tucano Eduardo Paes, secretário estadual de Esporte, Turismo e Lazer. Apadrinhado do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), Paes conta com a resistência de dois outros líderes peemedebistas: o presidente da Assembléia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, e o ex-governador Anthony Garotinho.

Caso o diretório municipal não defina pela impugnação da filiação de Paes, há ameaças de integrantes da executiva regional do PMDB de tomarem a medida e dissolverem o órgão (municipal).

Internamente, Picciani e Garotinho têm o domínio do diretório regional do PMDB, enquanto Cabral tenta controlar o municipal, demonstrando ser capaz de manter a filiação de Paes, mesmo contrariando as opiniões de outros líderes da legenda. Recentemente, Picciani e Garotinho comandaram a negociação do PMDB com o DEM e o PP.

O assunto é tema de uma reunião fechada dos dez deputados federais do PMDB. Dos dez parlamentares, quatro têm votos no diretório municipal e três pretendem apoiar a impugnação de Paes --Eduardo Cunha, Leonardo Picciani e Marcelo Itagiba.

Itagiba, que foi secretário estadual do governo Garotinho, lançou sua pré-candidatura à Prefeitura do Rio. Com a aliança do PMDB com o DEM e o PP, a tese da candidatura própria perdeu força em nome do apoio a um candidato indicado pelo prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM).

Críticas

"A decisão de apoiar a pré-candidatura do Eduardo Paes é desrespeitosa com o PMDB e todos os acordos já firmados antes", reagiu Leonardo Picciani, filho de Jorge Picciani. "Não tenho nada contra o Eduardo Paes, mas a pré-candidatura dele destrói um arcabouço negociado anteriormente", disse Cunha.

Paes virou um dos mais fiéis assessores de Cabral e é adversário político de César Maia, que o lançou politicamente. Com o objetivo de ser candidato à Prefeitura do Rio, contando com apoio de Cabral e até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário decidiu trocar o PSDB pelo PMDB. A filiação está prevista para ocorrer amanhã.

No entanto, o ingresso de Paes no PMDB além de provocar a ira dos peemedebistas também causa críticas no DEM, no PSDB e no PP. Para o DEM, a pré-candidatura do secretário inviabiliza a aliança firmada anteriormente para as eleições municipais. Os tucanos interpretam que seu ex-integrante é um infiel e o PP desaprovou o fato de não ter sido consultado.

No período em que foi deputado federal, Paes se destacou nas CPIs dos Correios e dos Sanguessugas. Foi um dos críticos mais duros do governo Lula.

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