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Cruvinel diz que TV pública deve se preparar para pressão política
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A futura presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), gestora da TV pública, Tereza Cruvinel, admitiu ontem que a nova emissora deverá sofrer pressões políticas em sua programação.
Em audiência na Câmara dos Deputados, a jornalista declarou que a solução para evitar a partidarização da TV, que tem estréia prevista para dezembro, é a composição de um conselho curador plural, com poderes reais de interferir.
"O que nós temos que assegurar quanto à TV pública é a sua natureza pública. Tem risco de o governo querer influir? Tem. Em democracias até mais maduras há tentativas, sim, de governos influenciarem nas programações", disse ela.
Provocada por deputados da oposição, Cruvinel prometeu um jornalismo "sem adjetivos", mas reconheceu que o governo tentará às vezes emplacar seu ponto de vista.
"As pessoas perguntam se o jornalismo será chapa-branca. Não, nós vamos fazer jornalismo sem adjetivos. Agora, eu não vou te assegurar que algum ministro não vá querer fazer alguma matéria a favor dele", afirmou.
A TV foi criada pelo governo por medida provisória, o que gerou protestos de parte dos deputados que compõem o Fórum Parlamentar de Radiodifusão, que promoveu a audiência de ontem.
A TV terá conselho curador de 19 integrantes, dos quais 4 ministros e 15 pessoas de "alta credibilidade", todas indicadas pelo presidente da República. Entre os prováveis componentes estão o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o ex-governador de São Paulo Claudio Lembo (DEM) e o ex-diretor da TV Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
A audiência teve momentos quentes entre deputados do governo e da oposição, numa prévia do que ocorrerá no plenário da Câmara. Os governistas saudaram a emissora como um contraponto ao jornalismo comercial. "Não quero TV chapa branca, mas também não quero TV chapa preta, aquela que não deixa a gente falar", disse o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE).
Entre os oposicionistas, ACM Neto (DEM-BA) disse que na TV "mandará quem paga a conta", numa referência ao Executivo, que proverá o orçamento anual de R$ 350 milhões. "Alguém pensa que o Poder Executivo vai pagar a conta e não vai procurar interferir na linha editorial?".
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Não sabia que há um poste com o tema TV PUblica, ou TV do LuLLa. Mais uma boquinha pros petistas e correlatos mamarem. Agora a TV não é transmitida pois ninguém assiste. Mataram a TVE que ao menos tinha programas culturalmente coerentes e se locupletaram da emissora para construir a TV LuLLa. Realmente o torneiro mecanico pegou a cartilha do FHC e usou para governar. Quer dizer esta palgiando o governo anterior, tentou fazer o mesmo com a TVE, só que se mostrou mais incompetente que para governar, pois até agora não conseguiu fazer o que funcionava, funcionar. Só desejaria saber como esse cara conseguiu ser torneiro mecanico e o pior ser contratado como tal. Vai ver que foi por cabide. Tem um comediante que fala "quem não tem dinheiro conta história", acho que foi inspirado nele.
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Originalmente a VB foi criada como fator de integração nacional, para chegar aos cantos mais distantes e atrasados deste país. Hoje é só mais um cabidão de empregos para os amigos do Rei.
Em plena web2.0, essa porcaria não serve para mais nada. Até no fim mundo, o povo usa computador.
Hoje, índio não quer apito! Índio que laptop!
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Que programa chatesimo.
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