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15/11/2007 - 11h22

Por tributo, governo faz agrados individuais

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SILVIO NAVARRO
VALDO CRUZ
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Com uma lista de problemas mapeados na base no Senado, o governo iniciou ofensiva para tentar negociar casos particulares, que envolvem a liberação de cargos federais e verbas para Estados em troca de votos para aprovar a emenda que prorroga a cobrança da CPMF.

Mapeamento feito ontem pelos líderes do governo na Casa aponta que só estariam seguros entre 45 e 48 votos --são necessários no mínimo 49 para aprovar a emenda. Ou seja, a conclusão foi que o cenário é pior do que o previsto para o governo.

Além disso, aliados que até então eram considerados certos, como PR e PTB, aproveitaram o momento para reclamar de cargos federais nos Estados que foram "tomados" pelo PT. O problema mais grave diagnosticado é a bancada do PTB, que tem seis senadores.

Em reação à substituição do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) da Comissão de Constituição e Justiça, o partido convocou sua Executiva Nacional, com o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ) à frente, para decidir no dia 28 pelo desligamento do bloco governista.

O líder do PTB no Senado, Epitácio Cafeteira (MA), enviou ontem carta à bancada propondo que a bancada reveja a posição e passe a atuar de maneira "independente".

Na bancada do partido, um voto que entrou para a lista dos incertos é o do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), por uma série de fatores: a substituição de Mozarildo; o peso no Estado de ficar do lado oposto a Pedro Simon (PMDB-RS); e uma suposta nomeação não contemplada para a diretoria do Banco do Brasil --que ele nega.

"Criou-se um desconforto e a bancada vai discutir a possibilidade de atuar de forma independente. Mas não tenho indicações para nenhum cargo", disse Zambiasi.

No PR, há a resistência já conhecida de Expedito Júnior (RO), e um novo entrave, que envolve Magno Malta (ES). Nos dois casos, lideranças do próprio partido admitiram que também se trata de nomeações para cargos públicos.

Magno Malta estaria irritado com a demissão de Danilo Queiroz na Companhia Docas capixaba. Ele teve que dar lugar a Hugo Amboss de Lima, que é definido, no próprio site da companhia na internet, como sendo uma indicação do PT.

Expedito teria perdido a disputa por nomeações no Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) de Rondônia para o líder do PMDB, Valdir Raupp.

A tarefa de tentar demover Expedito foi delegada ao ministro Alfredo Nascimento (Transportes), cujo argumento é a liberação de R$ 470 milhões para Rondônia por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Expedito é aliado do governador Ivo Cassol (PPS).

No PMDB, o voto de Jarbas Vasconcelos (PE) é considerado irreversível, mas o governo "trabalha" pelos de Valter Pereira (MS) e Pedro Simon (RS). No caso de Pereira, a tendência é que ele indique diretores do Ibama e do Incra no Estado.

O voto do senador Mão Santa (PI) será "trabalhado" pelo presidente do PMDB, Michel Temer (SP). "As declarações do senador Mão Santa não têm sido tão contundentes, então vou conversar com ele na próxima semana, mais para ouvir o que tem a dizer", afirmou Michel Temer.

Pelo voto de Simon, além de buscar um apelo da governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB), o ministro Guido Mantega (Fazenda) deverá procurá-lo pessoalmente.

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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