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26/11/2007 - 13h11

Viana diz que debate de CPMF não tem ligação com 3º mandato

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da Agência Senado
da Folha Online

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), criticou hoje a oposição por tentar vincular a discussão da votação da CPMF com o terceiro mandato e com o julgamento do processo por quebra de decoro parlamentar contra Renan Calheiros (PMDB-AL) --licenciado da presidência da Casa desde 11 de outubro. Na opinião de Viana, a oposição tenta tumultuar o debate com a polêmica em torno da possível criação de um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Do jeito que estamos vendo, acho que quem está fazendo isso [debatendo o terceiro mandato] é a oposição, setores da oposição, que não entendem que, cada vez que tratam essas questões, negligenciam uma pauta mais elevada. As grandes reformas que o Brasil deveria estar discutindo no Parlamento estão sendo substituídas por pequenas crises, que colocam a todos nesse tipo de canto", disse ele para a Agência Senado.

Questionado sobre a declaração do presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ) de que a prorrogação da CPMF abre caminho para o terceiro mandato de Lula, Viana disse que os dois assuntos não têm nenhuma relação.

"Entendo que o assunto CPMF começa a ser vinculado ora com o senador Renan Calheiros, ora com o terceiro mandato. Daqui a pouco vão querer vincular com o jogo entre o Botafogo e o São Paulo. Aí, não dá para a gente pensar que a política, no Parlamento brasileiro, deve ser levada dessa maneira. Ela tem que ser mais elevada", afirmou.

Negociação

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, retomou nesta segunda-feira as negociações para aprovar a PEC que prorroga a CPMF. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) estão reunidos na manhã de hoje com o ministro para discutir a possibilidade de retirar, gradativamente, os recursos da educação da DRU (Desvinculação das Receitas da União).

"Eu quero que a educação não fique fora do dinheiro", disse Cristovam Buarque, assegurando que "não tem problema" em votar a favor da CPMF, mas faz ressalvas quanto à aplicação da DRU sobre os recursos da Educação.

Segundo Ideli, a idéia é aprovar paralelamente uma emenda constitucional que retira, pouco a pouco, os recursos da educação da DRU, sem mexer, portanto, na PEC já aprovada pela Câmara que prorroga a CPMF e a DRU até 2011.

Para Ideli, se as negociações avançarem, o clima para aprovação da emenda que prorroga a CPMF pode melhorar. "Se não temos os 49 votos ainda, teremos com certeza."

Para garantir os R$ 40 bilhões anuais da CPMF até 2011, o governo precisa de 49 dos 81 votos dos senadores.

O DEM --que inicialmente retardou a tramitação da PEC a CPMF-- mudou de estratégia ao perceber que o governo não tem os votos necessários para prorrogar o "imposto do cheque". Por este motivo, o partido quer colocar a matéria logo em votação para evitar que o Palácio do Planalto reconquiste votos da base aliada contrários à CPMF.

DEM e PSDB vão reunir os 27 parlamentares das duas bancadas amanhã para definir uma estratégia única de atuação contrária à CPMF. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse na sexta-feira que o regimento do Senado impede acelerar a tramitação da PEC.

O tucano disse que, se não for convencido da possibilidade de acelerar a votação da matéria, vai continuar defendendo o atraso na tramitação --já que a vigência da CPMF termina no dia 31 de dezembro. Se não for aprovada até lá, o governo terá que começar 2008 sem a arrecadação mensal da contribuição.

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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