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PMDB faz pesquisa interna sobre sucessor de Renan
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ANDREZA MATAIS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A cúpula do PMDB no Senado iniciou um movimento discreto para definir quem será o substituto de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência da Casa. O grupo chegou a encomendar uma pesquisa para medir o apoio aos nomes de José Sarney (AP), José Maranhão (PB) e Edison Lobão (MA).
O resultado indicou baixa rejeição ao nome de Sarney, de 5%; os outros dois apresentaram um percentual maior. O problema é que Sarney já avisou que não quer o cargo.
A possibilidade de Renan renunciar à presidência já amanhã, quando será julgado por quebra de decoro pela segunda vez neste ano, tem preocupado o partido, que busca uma alternativa, já que Garibaldi Alves (RN), em campanha, é considerado muito influenciável pelo líder do DEM, José Agripino (RN), seu aliado no Estado.
Renan é suspeito de usar laranjas para comprar veículos de comunicação em Alagoas.
A Folha apurou que o grupo controlado por Sarney e Renan tenta convencer o líder do partido, Valdir Raupp (RO), a sair candidato --ele também tem dito que não quer o posto.
Enquanto isso, Garibaldi tenta se viabilizar. Mesmo ciente de que o cargo é um "pepino" e que "pode se arrepender depois", o senador disse que não vai recuar da sua disposição de presidir o Senado. A campanha é feita no cafezinho, onde Garibaldi agora passa a maior parte do tempo. Ao ver um renanzista, pergunta sem constrangimentos: "E o Renan, quando vai renunciar?".
Garibaldi tem pressa porque sabe que não é unanimidade na bancada e teme que outro nome seja viabilizado. Enquanto isso, ganha a simpatia da oposição. "Para ser o presidente do Senado tem que ser do Nordeste, não ter boi e, na parte das namoradas, não vou comentar", brincou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).
Garibaldi decidiu investir na candidatura. Nos últimos dias fez uma mudança drástica no guarda-roupa, na forma de agir e até nos dentes. No final de semana passado comprou mais de dez ternos novos, alguns deles em Buenos Aires --antes só usava ternos cinzas e evitava combinar as cores para desespero de seus assessores. Adotou o gel no cabelo e fez uma limpeza nos dentes. Ele mesmo brinca com a situação e diz que se não for eleito vai cobrar indenização do partido.
O movimento mais agressivo de Garibaldi, no entanto, é político. Ao tomar conhecimento de que ganhou um concorrente, ele logo procura a pessoa para ver se é verdade. Diante da situação inusitada, o provável adversário sempre nega a intenção de entrar na disputa. Garibaldi também anunciou que vota a favor da CPMF e de Renan --no primeiro processo apoiou o pedido de cassação.
A posição contra Renan, na época, é uma das razões para o veto dos renanzistas ao nome de Garibaldi. Primo do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o senador tenta quebrar as resistências. Já esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto e conta com a simpatia do presidente nacional do partido, Michel Temer (SP). Só falta convencer a bancada.
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1) O Coveiro do Cemitério Araça (adora enterrar o povão na lama)
2) O mendigo que mora debaixo da ponte (tá cheio de atanto "papelão")
3) Meu cachorro Rex (Late mas não morde)
4) Minha sogra (vai com Deus...não aceito devoluções)
5) O Papagaio Louro de meu vizinho (fala...fala mas nem sabe o que tá falando)
Mas se faltar mais um suplente...Nós aqui temos a solução.
Vamos contratar todosos nossos parentes para "nos dar uma forcinha"...De quebra cadaum devolverá 30% de seus vencimentos brutos em espécia....
Isso sim que é política...
M-A-R-A-V-I-L-H-A
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Perder tempo com estes canalhas????
Nunca mais!
Prefiro uma revolução ARMADA!
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