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03/12/2007 - 13h30

Viana rejeita usar "artifícios" para manobrar regimento a favor da votação da CPMF

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Na busca por votos à proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Finanaceira) até 2011, os governistas perderam uma adesão que poderá ser decisiva para garantir a manutenção do "imposto do cheque" durante a votação no plenário do Senado. Como a votação será aberta --com o registro no painel da Casa Legislativa --o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), fica impedido pelo regimento do Senado de votar. O senador só vota em caso de empate.

O petista, que seria um voto certo a favor da prorrogação da CPMF, afirmou nesta segunda-feira que não vai usar manobras regimentais para garantir um voto a mais para o governo. "Conheço o regimento, mas não usarei artifícios do regimento para favorecer A ou B, de jeito nenhum", assegurou.

O senador reconheceu que a disputa de votos contra e a favor da matéria está apertada, o que pode beneficiar tanto os governistas quanto a oposição. "Eu não sei se há algum tipo de inquietação a mais, ou não, dos partidos de oposição. A base do governo está mantida a cumprir o rito de cinco sessões de discussão no plenário, a ida da matéria à CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], para se votar o parecer do relator na CCJ e a matéria retornar ao plenário", afirmou.

Viana está disposto a colocar a PEC (proposta de emenda constitucional) da CPMF em votação na quinta-feira. Para isso ocorrer, o parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre as emendas apresentadas ao texto deve ser apreciado pela CCJ na quarta-feira. Se o prazo for cumprido, a PEC da CPMF já pode entrar na pauta do plenário da quinta-feira --como defendem os governistas.

Manobra

A oposição afirma ser favorável à votação na quinta-feira, mas nos bastidores se articula para atrasar a votação na CCJ caso perceba que não reúne os votos necessários para impedir a aprovação da CPMF. Para que a PEC seja aprovada, os governistas precisam de 49 votos em plenário --o equivalente a 3/5 dos senadores.

Enquanto os governistas garantem reunir 50 votos pró-CPMF, o DEM e o PSDB também afirmam que têm o apoio de 33 senadores contra a prorrogação do imposto do cheque. Em meio ao impasse, os dois lados negociam nos bastidores votos contra e a favor da matéria.

Viana não descartou a possibilidade de convocar a votação diretamente para o plenário caso a oposição manobre para adiar a votação da matéria, mas evitou fazer especulações sobre a tramitação da CPMF nos próximos dias.

O petista disse, apenas, que o regimento da Casa estabelece o prazo de um a 30 dias para que uma matéria tramite na CCJ antes de ser colocada em votação.

"O regimento assegura o direito da matéria ser votada nesse exercício parlamentar. Mas a oposição pode recorrer até o limite", afirmou.

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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