Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/12/2007 - 12h14

PF prende 40 acusados de fraudar IR em Alagoas; dois são liberados

Publicidade

da Folha Online
da Agência Folha

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira 40 pessoas --duas em flagrante-- acusadas de integrar uma organização criminosa instalada na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas. Duas delas foram liberadas na noite de ontem, segundo a PF.

O grupo é acusado de fraudar o IR (Imposto de Renda) em até R$ 200 milhões em cinco anos. Entre os presos estão um deputado, ex-parlamentares, assessores, auditores da Receita, funcionários da Assembléia e um ex-governador.

Cerca de 370 policiais federais participaram da chamada operação Taturana --referência à lagarta que come folhas sem parar durante sua existência--, que cumpriu ao menos 79 mandados de busca e apreensão e os mandados de prisão, autorizados pela Desembargadora Federal do TRF (Tribunal Regional Federal) da 5ª Região.

Entre os presos estão o deputado Cícero Ferro (PMN), detido em flagrante por porte ilegal de armas; Flávio Jatobá (PTB), genro de Ferro e prefeito de Roteiro; Celso Luis Nailton, ex-presidente da Assembléia e ex-deputado; Nailton Felizardo, ex-deputado e tesoureiro da Assembléia legislativa de Alagoas; Rafael Albuquerque, irmão do presidente da Assembléia de Alagoas; Daniela Moreira Silva Dório, secretária de Antônio Albuquerque; e o ex-governador do Estado Manoel Gomes de Barros. Assessores de deputados da Casa também foram detidos, além de um ex-comandante da PM (Polícia Militar) do Estado.

O atual presidente da Assembléia Legislativa de Alagoas, deputado Antonio Albuquerque (DEM), compareceu à Polícia Federal para prestar depoimento, mas não foi preso.

Após realizarem exames de corpo de delito, os presos foram conduzidos à Superintendência de Polícia Federal em Alagoas, em Maceió, onde serão ouvidos. As acusações são de peculato (utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de dinheiro), estelionato contra a administração pública federal, fraude e lavagem de dinheiro.

A PF confirmou ainda buscas nas casas de nove deputados estaduais --cujos nomes não foram divulgados--, com apreensão de documentos, computadores, equipamentos eletrônicos e carros. As contas deles foram bloqueadas.

Esquema

Segundo a PF, a quadrilha se apropriava de recursos da casa através de sua folha de pagamentos, com a inclusão de funcionários fantasmas e laranjas. Os envolvidos também declaravam à Receita Federal retenções de imposto de renda em valores superiores aos efetivamente retidos, além de se beneficiarem das restituições do IR feitas aos falsos funcionários.

A operação de ontem foi resultado de um ano e seis meses de investigação, que contou com a colaboração da Receita Federal, Banco Central, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e Ministério Público Federal.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página