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11/12/2007 - 10h02

CPT lança pesquisa para ajudar bispo em greve de fome

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LEANDRO BEGUOCI
da Folha de S.Paulo

A CPT (Comissão Pastoral da Terra) divulgou ontem dados sobre conflitos pela água ocorridos entre janeiro e setembro deste ano. O objetivo é aumentar a repercussão da greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio. Ele está em jejum há 14 dias, em protesto contra as obras de transposição do rio São Francisco.

A entidade é ligada à esquerda católica e age como uma organização independente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dirigida por bispos moderados. A comissão é muito próxima dos movimentos de sem-terra.

Segundo a CPT, 42,5% dos conflitos pela posse da água ocorreram em Estados banhados pelo São Francisco. Diz ainda que, dos 14 embates registrados na região Sudeste, 11 aconteceram em Minas Gerais --Estado onde nasce o rio.

Por fim, aponta que mais do que dobrou o número de famílias envolvidas nesse tipo de combate, em todo o país. Saltou de 12.632 para 25.919 (crescimento de 105,2%).

O estudo da comissão não faz menção a d. Luiz. A Folha perguntou ao presidente da CPT, d. Xavier Gilles, bispo de Viana (MA), se a publicação era uma demonstração de apoio à greve de fome. "Sem dúvida, a CPT está dando todo apoio ao gesto profético de d. Luiz."

Também declarou que o bispo não está fazendo greve de fome, mas "jejum, como Jesus no deserto, com orações até o fim, em um gesto bem franciscano que, infelizmente, não está sendo bem compreendido por alguns setores da igreja".

Ele disse que o bispo de Barra vai até o fim. "Lula não cumpriu o acordo da primeira vez, não é agora que vai cumprir."

Quem também defendeu d. Luiz é a Conlutas, central sindical ligada ao PSTU. Em nota, atacou o artigo do ministro da Integração Regional, Geddel Vieira Lima, publicado ontem pela Folha. A nota diz que Geddel chama o bispo de "inimigo número 1 da democracia", o que lembra as palavras usadas pelo presidente dos EUA, George W. Bush, para justificar a invasão ao Iraque.

Também chama para um protesto em apoio ao bispo que deve acontecer amanhã, na praça da Sé (SP), às 16h. Pastorais e o MST devem participar.

Em nota divulgada ontem, a Comissão de Justiça e Paz da CNBB, um dos braços da entidade, cobrou a ampliação dos os debates sobre o rio São Francisco e pediu "um gesto de boa vontade do governo, das igrejas e da sociedade civil para resolver a questão".

Colaborou a Folha de S.Paulo, em Brasília

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Comentários dos leitores
FRANCISCO LAMBERTO FONTES (1) 20/12/2009 12h00
FRANCISCO LAMBERTO FONTES (1) 20/12/2009 12h00
SEM COMENTÁRIO sem opinião
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Marcelo Moreto (207) 09/11/2009 14h18
Marcelo Moreto (207) 09/11/2009 14h18
Querem transformar a terra da rapadura em terra de gente com dentes cariados. É tendência de mercado. Existe aqui no nordeste uma maioria de povo ignorante e fácil de massificar. Chegaram aqui os grandes empresários que estão construindo uma arca. Só que esta carregará apenas toneladas em dinheiro. O Brasil é um dos pouco países que divide os hemisférios. Existe a chance de se trazer prosperidade a muita gente, mas a desigualdade social sempre se fará visível como em São Paulo. Daqui alguns anos, o povo da região sul migrará para o norte! sem opinião
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Louis Fod (339) 09/11/2009 10h18
Louis Fod (339) 09/11/2009 10h18
Ricardo de Costas, o pelego, aquele que tudo sabe, combatendo a todos na folha! Se houvesse uma investigação séria nas contas da petrobras , os barbudinhos iriam para a cadeia, Roubosseff também.
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Agora isso não vai acontecer, quem não abre mão de ter as relatorias e de controlar a "prisidença" do Senado? Outro caminho seria o TCU ou a polícia federal. Qualquer um chega as mesmas conclusões:
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"- O seu dinheiro é a nossa energia!!"
3 opiniões
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