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13/12/2007 - 10h23

Proposta do Planalto chegou tarde, diz presidente do PSDB

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ADRIANO CEOLIN
ANDREZA MATAIS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A derrota do governo na votação da CPMF provocou troca de acusações entre o governo e a oposição. A base aliada ao Palácio do Planalto disse que a discussão foi politizada para prejudicar o governo Lula, enquanto que a oposição responsabilizou o próprio governo pela derrubada da emenda ao demorar para negociar. Foi a maior derrota do governo neste segundo mandato.

"O governo perdeu porque não tem maioria, foi equivocado em todo esse processo e cometeu muitos erros", avaliou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). "Por que não falaram conosco há dois meses, há quinze dias?", emendou.

Vice-presidente do Senado, o senador Tião Viana (PT-AC), que é médico, disse que a oposição "apostou no quanto pior melhor" e terá que responder à sociedade a falta de recursos para a saúde pública. "A CPMF era vital para financiar a saúde. O governo não será capaz de criar novas fontes para financiar o setor", lamentou.

Para o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), o governo perdeu a votação "pelos erros cometidos" durante as negociações, sobretudo "pela soberba do presidente Lula", que "ora agiu como pacificador, ora com agressões, como quando acusou a oposição de ser sonegadora por defender o fim do imposto do cheque".

"Essa negociação poderia ter sido feita na Câmara, mas o governo tinha maioria dos votos lá e não se importou em discutir o assunto", criticou o senador pernambucano.

Ajuste

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que o governo agora terá que ajustar seu orçamento, cortando despesas, e encontrar medidas para aumentar receita como forma de evitar prejuízos a programas sociais. "O governo terá que tocar a vida para a frente para que a decisão de hoje não engesse os programas sociais", disse. "A oposição terá que explicar porque tirou dinheiro da saúde."

Para o senador Raimundo Colombo (DEM-SC), a derrota imposta ao governo mostrou o valor da fidelidade partidária. O DEM ameaçou expulsar do partido quem votasse a favor da emenda. "A grande verdade é que o governo achou que iria levar goela abaixo. Do nosso lado funcionou a fidelidade partidária. O governo diz que estão retirando R$ 40 bilhões. Esse dinheiro está nas melhores mãos, nas mãos do cidadão comum", disse.

Cristovam

Ex-filiado ao PT e ex-ministro da Educação de Lula, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu o voto favorável à prorrogação da CPMF, mas não deixou de ironizar o presidente Lula.

"Eu não sou uma metamorfose ambulante. Defendi a CPMF quando ela foi criado. Eu não mudei de lado", disse, referindo-se a comentário de Lula na semana passada. "Foi um duro golpe nas contas públicas", lamentou o senador Jefferson Péres (PDT-AM).

O líder do PR, João Ribeiro (TO), que não conseguiu alterar os votos contrários de César Borges (BA) e Expedito Júnior (RO), disse que o resultado não significa o fim do governo.

"Eu sei que o governo não termina e nem o nosso relacionamento, mas lamento o resultado", disse Ribeiro.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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