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D. Cappio deixa hospital e participa de missa campal em Sobradinho
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da Folha Online
O bispo de Barra (BA), d. Luiz Flávio Cappio, 61, deixou hoje o Hospital Memorial Petrolina (PE), onde foi internado ontem à noite. Segundo a Articulação São Francisco Vivo, ele participa hoje à noite de uma missa campal do lado de fora da capela de São Francisco, em Sobradinho (BA). A missa é celebrada pelo bispo de Juazeiro, d. José Geraldo.
A expectativa é que d. Cappio anuncie na missa se vai atender os apelos de amigos e familiares e deixar ou não a greve de fome, que completa hoje 23 dias. O jejum é um protesto contra as obras de transposição do rio São Francisco.
Pelas estimativas da Articulação São Francisco Vivo, cerca de 500 pessoas participam da missa campal, que começou por volta das 20h.
De acordo com o sociólogo Adriano dos Santos Martins, da Coordenadoria Ecumênica de Serviços, o bispo só conseguiu autorização para deixar o hospital após se comprometer a ter acompanhamento médico, usar cadeira de rodas e continuar tomando soro.
"Ele conseguiu convencer os médicos e a direção do hospital que precisava retornar hoje para Sobradinho", disse Martins, amigo pessoal de d. Cappio.
Segundo ele, todos os amigos querem que o bispo abandone o jejum. "Todos nós queremos que ele interrompa, que ele viva a luta. Não aceitamos o grau de intransigência e truculência [do governo]. Mas ele não pode se sacrificar mais", afirmou Martins.
O religioso foi internado depois de desmaiar ontem à tarde após ser informado da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de liberar a retomada das obras de transposição do rio São Francisco.
Apelos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que não vai ceder aos apelos do bispo para suspender as obras de transposição do rio São Francisco. Lula afirmou que o governo "não pode ceder" à greve de fome do religioso. "Se o Estado cede, o Estado acaba. E o Estado precisa funcionar", afirmou.
Lula disse esperar que autoridades da Igreja Católica convençam o bispo a encerrar o jejum, a exemplo do que ele próprio fez na década de 80 --quando disse que realizou uma greve de fome na carceragem de São Paulo, mas interrompeu a ação depois de ser convencido por d. Cláudio Hummes (bispo de Santo André na época e hoje "ministro" do papa no Vaticano).
"Eu aprendi com os meus companheiros da Igreja Católica que só Deus dá e tira a vida. A Igreja não se mete em questões técnicas. Espero que ele [Cappio] tenha juízo", disse.
Lula considerou as obras de transposição do rio São Francisco o projeto "mais humanitário" do governo. O presidente não hesitou em afirmar que, entre ao bispo e a execução do projeto, vai mandar prosseguir as obras de transposição. "Entre a greve de fome e milhões de nordestinos que serão beneficiados, eu fico com os 12 milhões."
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Agora isso não vai acontecer, quem não abre mão de ter as relatorias e de controlar a "prisidença" do Senado? Outro caminho seria o TCU ou a polícia federal. Qualquer um chega as mesmas conclusões:
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"- O seu dinheiro é a nossa energia!!"
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