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13/02/2008 - 07h32

Requião coloca desagravo a juiz no ar e acrescenta resposta

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DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba

O governador Roberto Requião (PMDB) cumpriu ontem a ordem judicial que determinava a leitura, na TV Educativa do Paraná, de duas notas de desagravo a um juiz federal e a uma procuradora da República criticados por ele, mas elas foram seguidas por respostas do governo do Estado.

As notas, de autoria da Ajufe (Associação dos Juízes Federais) e da ANMP (Associação Nacional do Ministério Público), começaram a ser veiculadas no período da tarde, depois de oficializada a intimação da diretoria da TV. Após a exibição das notas, entravam as réplicas do governo do Paraná.

A primeira invocava o direito de liberdade de expressão previsto no artigo 19 da declaração Universal dos Direitos Humanos. A outra era uma declaração gravada do presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azêdo, que via inconstitucionalidade na ordem judicial que proibiu Requião de usar a Educativa para criticar desafetos.

A leitura das notas de desagravo aos membros do Judiciário e do Ministério Público Federal acusavam Requião de "debochar" de decisões judiciais e de atingir membros das duas instituições em "tom jocoso e depreciativo". Os direitos de resposta terão que ser lidos por um período de 24 horas.

Há duas semanas, na primeira vez em que somente a nota da Ajufe foi levada ao ar, a Justiça entendeu que houve descumprimento da decisão porque Requião mandou suspender toda a programação da emissora --com exceção da leitura do comunicado.

Pela manhã, o governador participou da reunião semanal de sua equipe, conhecida como "Escola de Governo", fonte da maior parte das críticas que terminaram no processo na Justiça Federal.

Diferentemente das duas últimas reuniões, Requião não dedicou todo o encontro para protestar contra a proibição.

O governador disse apenas, na abertura da reunião, que --como estava "censurado"-- estava impedido de responder a membros da imprensa local que o criticam.

 

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