TSE retoma hoje julgamento sobre cassação de governador de SC

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retoma nesta quinta-feira o julgamento do recurso contra expedição do diploma do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB).

A coligação adversária de Luiz Henrique nas eleições de 2006 --formada pelo PP, PMN, PV, Prona--, que representa o candidato derrotado Esperidião Amin (PP), acusa o governador de uso indevido dos meios de comunicação social, propaganda ilegal do governo em jornais do Estado e emissoras de rádio e TV pagas pelos cofres públicos.

Ontem, Luiz Henrique disse que se perder o mandato vai disputar as eleições com seu principal adversário, Esperidião Amin. Como o caso ainda está em fase de julgamento, o Tribunal não se manifesta se há condições legais para o peemedebista concorrer às eleições.

"Vamos admitir que esse processo chegue ao fim, que seja cancelado o meu diploma, que seja acatada a absurda acusação de que a publicidade oficial feita antes do período eleitoral influenciou no resultado. Eu ganhei por 528 mil votos no primeiro turno. Vai ter nova eleição e eu sou candidato. Serei candidato com todo prazer", disse.

Sem demonstrar desconforto por ser alvo de um processo de cassação no TSE, Luiz Henrique afirmou estar tranqüilo com o julgamento. "É claro que eu confio na Justiça porque eu fui o único governador do Estado que renunciou ao mandato exatamente para não ter nenhuma acusação de qualquer influência da máquina governamental. Eu estou tranqüilo, espero uma decisão serena da Justiça. As denúncias revelam o desespero do adversário que eu já derrotei quatro vezes", disse o peemedebista.

Luiz Henrique levantou dúvidas sobre as acusações feitas por seus adversários políticos em Santa Catarina. "Os nossos advogados vão usar do direito que eu tenho de responder a essa acusação dos meus adversários, que é uma acusação infame", disse.

Na última sessão do TSE, que tratou sobre o processo do peemedebista, três dos sete ministros votaram a favor da cassação de Luiz Henrique. No último dia 9, o ministro José Delgado recomendou a cassação do governador.