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PT e PSDB disputam presidência da CPI mista dos Cartões e descartam ceder
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O PT e PSDB tomaram como desafio a disputa pela presidência da CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos. Líderes dos dois partidos afirmam que não vão ceder e insistem em ter o comando da comissão.
Segundo os tucanos, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), mantém a promessa de que está mantido o acordo anterior --no qual eles têm direito à presidência e os petistas à relatoria.
"Acordo se cumpre até quando dói. É melhor manter o acordo, mesmo quando não satisfaz, do que perder a credibilidade. O que eles não querem é apurar as denúncias que estão aí. Não querem é que saia do baú dinossauros, cobras e lagartos", ironizou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
Nesta semana, o PSDB indicou para presidir a CPI a senadora Marisa Serrano (MS), enquanto os petistas mantêm o nome do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) para o mesmo cargo na comissão.
A exemplo de Virgílio, o líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE), afirmou que seu partido não cederá a presidência à oposição. "É a presidência de uma comissão que dita o ritmo dos trabalhos. Não existe da nossa parte qualquer posição de intransigência, mas o nosso entendimento é que a base aliada teria tanto a presidência como a relatoria", disse.
Ameaça
Virgílio ameaça pressionar pela leitura do requerimento que propõe a abertura da CPI exclusiva do Senado para investigar os cartões corporativos. Segundo o senador, se o PT não cumprir o acordo firmado entre PSDB e PMDB, ele vai reunir os partidos de oposição e defender a instauração de duas comissões parlamentares de inquérito.
"Se houver duas CPIs, a oposição fará parte de ambas. Vão participar de tudo, não queremos é deixar de investigar", disse Virgílio.
Para Rands, o PSDB tenta fazer "chantagem" com a base aliada que apóia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não queremos é que a CPI seja utilizada como instrumento político", afirmou o petista.
Negociações
Rands afirmou que na próxima terça-feira haverá reunião no Palácio do Planalto para discutir o impasse na CPI. Segundo o deputado, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) vai conversar com ele e os líderes do governo no Senado, Romero Jucá, e na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS).
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse nesta sexta-feira que a idéia é instaurar a CPI na próxima terça-feira após a reunião dos aliados do governo com Múcio. "O acordo continua. Espero que haja entendimento", afirmou.
Pelo acordo inicial, a relatoria ficaria com o PT, que havia indicado o deputado federal Luiz Sérgio, e a presidência com o PMDB. Insatisfeitos com o acordo entre PMDB e PSDB para ceder a presidência aos tucanos, os petistas querem agora trocar o controle dos cargos. Ou seja, o PT quer ficar com a presidência da comissão e deixar o PSDB com a relatoria.
Desde o início das negociações, a bancada do PT na Câmara defendeu que o governo não deveria abrir mão da presidência da CPI ao PSDB, mantendo o comando da comissão nas mãos do PMDB --que havia indicado o senador Neuto de Conto (SC) para a presidência.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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