Múcio volta a pedir que Lupi abra mão da presidência do PDT em favor de ministério

O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) reiterou nesta quarta-feira que torce para que seu colega Carlos Lupi (Trabalho) permaneça no governo e abra mão da presidência nacional do PDT. Desde o último final de semana, integrantes do governo sinalizam que essa seria a melhor decisão a ser tomada por Lupi. O anúncio do fim do acúmulo de funções é esperado para hoje.

"Se tiver que haver uma opção, eu desejo que ele fique no ministério", afirmou Múcio, após seminário sobre reforma tributária realizado hoje no Palácio do Planalto. "Eu torço para que ele [Lupi] continue na equipe do governo."

O comando do PDT aguarda para hoje o anúncio de Lupi, informando que decidiu abrir mão da presidência da legenda e permanecer no governo, evitando a controvérsia surgida a partir de orientação da Comissão de Ética Pública, que criticou o acúmulo de funções por "incompatibilidade".

Nesta quarta-feira, a Executiva Nacional do PDT e as bancadas do partido na Câmara e no Senado se reúnem no Conselho Político do partido para discutir o assunto. Desde que demonstrou que iria sair da presidência, Lupi deflagrou uma disputa pela função.

Segundo integrantes do PDT, o partido deverá escolher por um comando compartilhado formado por três membros, uma vez que há disputa interna pela presidência.

A presidência da legenda deverá ser dividida pelo governador do Maranhão, Jackson Lago, pelo líder da bancada na Câmara, Vieira da Cunha (RS), e pelo secretário-geral do partido, Manoel Dias.

Lupi deve deixar o comando do PDT no momento em que seu ministério é acusado de firmar convênios que beneficiariam entidades ligadas ao seu partido. O ministro nega as acusações, mas cancelou alguns desses convênios, prometendo que os recursos destinados a eles retornariam a cofres públicos.