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Múcio pede para Lupi abrir mão da presidência do PDT e ficar no governo
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) telefonou nesta segunda-feira para o colega Carlos Lupi (Trabalho). A Folha Online apurou que na conversa, Múcio disse que torcia para que Lupi permaneça no governo, caso seja obrigado a optar entre o ministério e a presidência nacional do PDT.
Múcio também conversou com os líderes da legenda na Câmara e no Senado. "Se ele [Lupi] tiver que optar, eu torço para que ele fique no governo", afirmou Múcio, segundo interlocutores. "Não é um conselho. É uma opinião porque essa é uma decisão pessoal", teria dito o ministro.
Reportagem publicada ontem pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL
informa que Múcio já havia defendido a saída de Lupi da presidência do PDT. Para Múcio, Lupi deve deixar a presidência do PDT para "sair da linha de fogo". Múcio afirmou ainda que Lupi "ficará em um dos dois lugares" até o final da semana --numa referência aos cargos de ministro e de presidente do PDT.
Lupi foi alvo de duas investigações da Comissão de Ética Pública. Na primeira, em dezembro, o órgão afirmou haver incompatibilidade entre a função de ministro e a de presidente do PDT. A segunda analisa o possível privilégio dado pelo ministério ao PDT no fechamento de convênios com ONGs ligadas ao partido.
O ministro se diz vítima de perseguição política e insiste em ficar com os dois cargos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se manifestou sobre a possível incompatibilidade de tarefas de Lupi.
O presidente aguarda parecer final da AGU (Advocacia Geral da União) sobre o caso. Em análise preliminar, a AGU disse que não havia problema algum em o ministro desempenhar as duas funções.
Convênios
Na semana passada, a comissão cobrou de Lupi explicações sobre suposto favorecimento em contratos via convênios para entidades ligadas ao PDT. O ministro negou que tenha beneficiado seu partido, mas anunciou o rompimento de quatro convênios.
Segundo Lupi, não há provas contra ele. Também afirmou que os contratos sobre os convênios que foram cancelados não chegaram a ser executados.
De acordo com o ministro, os recursos referentes aos contratos suspensos retornarão aos cofres públicos sem riscos de prejuízo.
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