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03/03/2008 - 13h37

Múcio pede para Lupi abrir mão da presidência do PDT e ficar no governo

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) telefonou nesta segunda-feira para o colega Carlos Lupi (Trabalho). A Folha Online apurou que na conversa, Múcio disse que torcia para que Lupi permaneça no governo, caso seja obrigado a optar entre o ministério e a presidência nacional do PDT.

Múcio também conversou com os líderes da legenda na Câmara e no Senado. "Se ele [Lupi] tiver que optar, eu torço para que ele fique no governo", afirmou Múcio, segundo interlocutores. "Não é um conselho. É uma opinião porque essa é uma decisão pessoal", teria dito o ministro.

Reportagem publicada ontem pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL
informa que Múcio já havia defendido a saída de Lupi da presidência do PDT. Para Múcio, Lupi deve deixar a presidência do PDT para "sair da linha de fogo". Múcio afirmou ainda que Lupi "ficará em um dos dois lugares" até o final da semana --numa referência aos cargos de ministro e de presidente do PDT.

Lupi foi alvo de duas investigações da Comissão de Ética Pública. Na primeira, em dezembro, o órgão afirmou haver incompatibilidade entre a função de ministro e a de presidente do PDT. A segunda analisa o possível privilégio dado pelo ministério ao PDT no fechamento de convênios com ONGs ligadas ao partido.

O ministro se diz vítima de perseguição política e insiste em ficar com os dois cargos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se manifestou sobre a possível incompatibilidade de tarefas de Lupi.

O presidente aguarda parecer final da AGU (Advocacia Geral da União) sobre o caso. Em análise preliminar, a AGU disse que não havia problema algum em o ministro desempenhar as duas funções.

Convênios

Na semana passada, a comissão cobrou de Lupi explicações sobre suposto favorecimento em contratos via convênios para entidades ligadas ao PDT. O ministro negou que tenha beneficiado seu partido, mas anunciou o rompimento de quatro convênios.

Segundo Lupi, não há provas contra ele. Também afirmou que os contratos sobre os convênios que foram cancelados não chegaram a ser executados.

De acordo com o ministro, os recursos referentes aos contratos suspensos retornarão aos cofres públicos sem riscos de prejuízo.

Comentários dos leitores
Antonio Fouto Dias (2079) 08/03/2008 19h23
Antonio Fouto Dias (2079) 08/03/2008 19h23
O PDT é o legítimo sucessor do PTB de Leonel Brisola e Getúlio Vargas, deveria ser um partido independente e buscando a re-conquista do espaço perdido, entretanto, fica integrado à base aliada do governo, buscando algumas garantias que poderão muito bem não existir e com isso se manterá entre os partidos intermediários. Essa questão do ministro Lupi, não dá para entender outra coisa, que não seja a conquista de publicidade ou para que seu nome se coloque em evidência, pois é mais que sabido de que não se deve acumular dois cargos executivos, não precisava tanto tempo para se chegar a essa conclusão e que, no meu entendimento, só foi negativo para o partido. 1 opinião
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Antonio Fouto Dias (2079) 04/03/2008 07h03
Antonio Fouto Dias (2079) 04/03/2008 07h03
Como esse governo gosta de criar trempestade em copo d'água. Então vejamos, o cargo de ministro é um cargo executivo. O cargo de presidente de partido, também é considerado cargo executivo. Se há dispositivos legais de que não pode haver acúmulo de cargos ou funções executivas, é só determinar a opção. Ou permanece no ministério ou na presidência do partido; numa eventual insistência, cabe ao Presidente Lula uma desisão de que se não optar, não permanece no ministério e pronto. 1 opinião
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Rui Ruz Caputi Caputi (1130) 29/02/2008 12h07
Rui Ruz Caputi Caputi (1130) 29/02/2008 12h07
Os saqueadores que pilham o dinheiro público, devem ser compreensivos com a cobrança e pressão do povo. Afinal somosd quase 190 milhões de investidores compulsórios. É muita gente para que se esqueça tão facilmente de pessoas que enfiam a mão em nossos bolsos.
Quem não quer ser cobrado, que não se aventure a ingressar ou excursionar pela coisa pública.
Minha gente, meu povo! Temos que ir nos revezando com a fiscalização do uso de nosso dinheiro nas mãos de nossos gestores públicos.
4 opiniões
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