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Conselho adia votação de processo contra deputado suspeito de mandar matar colega
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O Conselho de Ética da Câmara adiou para o dia 18 a votação do processo no qual o deputado Mário de Oliveira (PSC-MG) é acusado de mandar matar o colega Carlos Willian (PTC-MG). Mas a relatora da ação, a deputada Solange Amaral (DEM-RJ), recomendou o arquivamento da denúncia justificando que não há provas que incriminem Oliveira.
O adiamento da votação foi provocado por um pedido coletivo de vista. Um grupo de três deputados pediu em conjunto um período de mais cinco sessões para analisar o relatório de Solange Amaral.
"Para mim não há provas [de que teria ocorrido crime]. É um caso muito conflituoso", disse Solange Amaral.
Tanto Willian como Oliveira participaram da sessão do conselho realizada na tarde de hoje. Ambos reagiram à recomendação pelo arquivamento da denúncia, mas de formas diferentes.
"Foi um voto inconsistente da relatora porque ela descartou a opinião da sub-procuradora", criticou Willian. "Espero pelo arquivamento, mas não vou procurar ninguém, depende do foro íntimo de cada deputado", disse Oliveira.
Em sessão no plenário da Câmara no ano passado, Willian denunciou o colega. Segundo Willian, a tentativa de homicídio teria ocorrido em junho de 2007.
Willian disse que tomou conhecimento do plano para matá-lo por meio de um policial civil de Osasco (Grande São Paulo) que contou que foi descoberto um esquema cujo objetivo era a sua morte.
Durante as investigações policiais, um dos suspeitos, Odair da Silva, teria confessado que seguia orientações de Oliveira. Em um dos trechos da conversa, Odair da Silva planejaria com "Alemão" --apontado como o suposto matador profissional-- uma emboscada para matar Willian.
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