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11/04/2008 - 21h25

Ministério e PP fazem eventos simultâneos em Campo Grande

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RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Campo Grande

A solenidade de assinatura de um convênio de R$ 11 milhões entre o Ministério das Cidades e a prefeitura de Campo Grande --na qual houve a entrega formal pelo município de quatro projetos para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), orçados em R$ 220 milhões-- antecedeu hoje a abertura do encontro regional do PP (Partido Progressista) em Mato Grosso do Sul. Os dois eventos foram realizados pela manhã, na Câmara de Campo Grande.

As principais lideranças nacionais do PP, incluindo o senador Francisco Dornelles (RJ), presidente da sigla, e o deputado federal Mário Montenegro (BA), líder na Câmara, ocuparam lugar de destaque nas mesas das duas solenidades.

Ambos também participaram, na terça-feira, da reunião na Câmara dos Deputados na qual foi discutida a melhor maneira de usar obras para beneficiar eleitoralmente o partido.

"Campo Grande, a capital morena de todos os sul-mato-grossenses, recebe do PP a atenção jamais vista em sua história, através da atuação do Ministério das Cidades, hoje comandado pelo grande ministro Márcio Fortes. Da cota do PP, engrandece a equipe do presidente Lula e traz um apoio estratégico em infra-estrutura urbana e habitação", dizia um informativo do PP estadual, distribuído ontem na Câmara de Campo Grande.

O mesmo impresso anunciava a presença de Fortes na cidade --segundo a assessoria do ministério, uma agenda com o presidente Lula o impediu de viajar. Estava prevista, ainda, entrega de um título de "cidadão campo-grandense" a ele.

No plenário da Câmara de Campo Grande, todo decorado com a marca e as cores do partido, faixas agradeciam o ministro pelas obras lançadas hoje --que vão atingir nove bairros, onde vivem cerca de 100 mil pessoas. A assinatura do convênio foi feita 30 minutos antes da abertura do encontro do PP, em uma sala anexa.

Representando o ministério, estava o secretário nacional dos Transportes e da Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima. Na mesa, também estavam presentes o governador André Puccinelli (PMDB) e o prefeito Nelson Trad (PMDB), que concorrerá à reeleição.

O PP local, que faz parte da base de apoio de Trad e Puccinelli, hoje ontem que irá apoiar o prefeito em sua campanha à reeleição.

À Folha representantes da prefeitura, do partido e do Ministério das Cidades usaram a mesma palavra para definir a agenda de ontem na Câmara: coincidência.

Trad chegou a dizer que --por causa da reportagem da Folha de quarta-feira, sobre o encontro na Câmara dos Deputados-- "tomou o cuidado" de realizar a assinatura do convênio em um espaço distinto.

"Talvez, se vocês não tivessem levantado essa questão, nós poderíamos incidir no erro de fazer aqui [no plenário principal]. Mas nós não queremos fazer nada errado. Uma coisa é a parte administrativa, que foi feita e acabou. Depois, é a festa partidária", disse o prefeito.

Segundo ele, não há uso eleitoral no anúncio de obras. "O governo não pode parar. Especialmente se ele tem o que mostrar. O convênio que assinamos hoje é resultado de um processo que começou em 2006."

Montenegro defendeu o ministro e disse que "mais de 4.000 municípios" já foram beneficiados sem distinção de partidos. "Tem município governado pelo PP, pelo PSDB e pelo DEM. Os políticos, é lógico, tentam faturar isso politicamente. Isso faz parte da política e da democracia. Agora, o ministro é da República e tem ajudado o país a crescer."

Bueno de Lima disse que veio assinar ações que "estão acima da questão partidária". "É claro que o empenho dos representantes políticos é importante, porque eles conseguem sincronizar ações", afirmou.

Informado sobre o conteúdo do impresso distribuído pelo PP, ele aconselhou: "Isso aí você pode desconsiderar".

 

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