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15/04/2008 - 12h10

Governo e oposição fecham acordo para manter CPI; comissão terá acesso a dados sigilosos

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Governo e oposição fecharam acordo nesta terça-feira para dar continuidade aos trabalhos da CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos com o acesso da comissão aos dados sigilosos do governo federal com os cartões.

A presidente da comissão, Marisa Serrano (PSDB-MS), havia ameaçado encerrar os trabalhos, mas voltou atrás após os governistas acatarem o envio de auditorias realizadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) nos gastos do governo federal com os cartões, inclusive os dados sigilosos.

A base aliada do governo acatou abrir o sigilo dos gastos à comissão desde que os integrantes da CPI se comprometam em manter os dados reservados. A oposição, por sua vez, se mostrou de acordo com as condições impostas pelos governistas para terem acesso aos dados sigilosos.

"Não tem como chegarmos a algumas conclusões se não houver quebras de sigilos. Dados do TCU, mesmo os sigilosos, poderão ser vistos pelos deputados e senadores desde que compromisso da manutenção do sigilo. Elas [despesas] podem ser sigilosas, mas terão que ser investigadas", afirmou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).

Além do acesso aos dados sigilosos em posse do TCU, a CPI também decidiu solicitar ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República a relação dos gastos do governo que poderão ser mantidos em sigilo e daqueles que devem ser divulgados porque não comprometem a segurança do Estado. A comissão também vai solicitar técnicos do TCU para auditarem eventuais irregularidades levantadas pela comissão.

A CPI decidiu ainda criar quatro sub-relatorias para auxiliar os trabalhos do relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). A comissão vai escolher quatro parlamentares para assumirem as novas sub-relatorias, que serão divididas em sistematização, fiscalização de gastos, controle de fiscalização de auditoria e aprimoramento legislativo.

Com o acordo, Serrano adiou para amanhã a votação dos 37 requerimentos de informação e outros 34 de convocações que estão na pauta da CPI.

Nova CPI

Depois do acordo, os governistas defendem agora que a nova CPI dos Cartões Corporativos não seja instalada no Senado. "Eu faço um apelo para que os senadores repensem a intenção de se criar esta comissão. Queriam criar CPI no Senado porque diziam que esta não ia funcionar. Quando há entendimento entre base e oposição para sistematizar trabalhos da CPI, não se faz mais necessário no meu entendimento uma nova comissão", defendeu o deputado Silvio Costa (PMN-PE).

Agripino afirmou, porém, que o acordo fechado na comissão mista não prevê que a nova CPI não seja instalada. "Nem tocamos a hipótese de não se instalar a CPI do Senado, Fizemos acordo para que esta CPI cumpra os seus objetivos, sem que haja entendimento para a não instalação da CPI do Senado", disse.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
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Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
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