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Irritados com presidente da CPI, governistas ameaçam desprezar oposição nas investigações
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online
A base aliada do governo promete desprezar os sub-relatórios elaborados por parlamentares da oposição na CPI dos Cartões Corporativos se não houver mudanças na distribuição das sub-relatorias entre governo e oposição. Os governistas estão irritados com a presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que cedeu à oposição as duas sub-relatorias mais visadas na comissão: sistematização e fiscalização de gastos.
"Se as sub-relatorias não forem construídas no processo de entendimento, eu vou ignorar os sub-relatórios e trabalhar na minha linha. (...) Como as sub-relatorias foram criadas para auxiliarem no meu trabalho, tenho o peso de fazer as indicações", reagiu o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).
Os governistas argumentam que houve "quebra de acordo" da parte de Serrano na distribuição das sub-relatorias --uma vez que a senadora não ouviu a comissão para decidir quem ficaria com cada uma das quatro criadas pela CPI.
"Infelizmente, a presidente está tentando tirar poderes do nosso relator. Para mostrar que queremos apurar as irregularidades, aceitamos criar sub-relatorias, mas na indicação dos sub-relatores ela [Serrano] não respeitou a proporcionalidade para tirar força do relator", disse o deputado Sílvio Costa (PMN-PE).
Os governistas indicaram o senador Gim Argello (PTB-DF) para a sub-relatoria de sistematização e o deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL) para a de fiscalização de gastos. Serrano, porém, não seguiu as indicações e decidiu que Argello ficará com a sub-relatoria de controle de mecanismos de auditoria e Quintella com a de aperfeiçoamento legislativo --ao contrário do sugerido pelos governistas.
Os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Índio da Costa (DEM-RJ) foram indicados pela presidente da CPI para as sub-relatorias de sistematização e fiscalização de gastos, respectivamente, as mais visadas na comissão.
Para os governistas, Serrano age de acordo com orientações "superiores" da oposição. "Ela funciona por controle remoto. Fazemos acordos genéricos, mas ela segue a orientação que quiser", disse Quintella.
Acordo
Sérgio disse que, com maioria na CPI, a base aliada poderia ter impedido o acesso aos gastos sigilosos do governo federal com os cartões corporativos, assim como poderia não ter concordado com as sub-relatorias. O relator disse que a oposição aceitou o acordo de liberar o acesso aos dados sigilosos para mostrar o interesse nas investigações --embora tenha admitido que a base aliada "não tem pressa" para a análise dos dados.
Os governistas já ameaçam convocar uma reunião administrativa da CPI para rediscutir a atuação da comissão. "Nós poderemos coletar cinqüenta por cento das assinaturas, mais uma, convocando reunião extraordinária para debater esses pontos", disse o relator.
A base aliada também ficou irritada com o fato da oposição já ter iniciado a análise do material sigiloso no TCU (Tribunal de Contas da União) sem esperar pela indicação dos governistas que vão ao tribunal estudar os documentos. "Eles poderiam ter tido a delicadeza de nos esperar, para irmos todos juntos ao TCU", protestou Costa.
Os governistas indicaram Costa e os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Carlos Willian (PTC-MG) e Manato (PDT-ES) para analisarem os dados sigilosos no TCU. A oposição, por sua vez, escolheu os deputados Índio da Costa (DEM-RJ), Vic Pires (DEM-PA), Augusto Carvalho (PPS-DF) e Carlos Sampaio (PSDB-SP) para integrarem a comitiva que vai acompanhar os dados sigilosos no TCU.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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