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Operação do Ibama flagra bois e pista de pouso em área intocável no Pará
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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha, em Belém
Em uma operação no Pará para desocupar 16 fazendas em duas unidades de conservação, áreas legalmente intocáveis, agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) encontraram milhares de cabeças de gado e uma propriedade com pista de pouso e até um pequeno porto fluvial.
Segundo a legislação, em unidades de conservação como o Parque Nacional da Serra do Pardo e a Estação Ecológica da Terra do Meio, onde ocorre a operação, só é permitido a visita e a pesquisa, e mesmo assim com autorização do órgão.
A ação, que conta também com agentes da Polícia Federal e FNS (Força Nacional de Segurança), está sendo cumprida desde anteontem por equipes que vão de fazenda em fazenda entregar os mandados de desocupação. Os ocupantes terão 30 dias para ir embora.
Apenas em uma delas, os fiscais estimam que haja mais de 1.000 cabeças de gado. No total, pode chegar a 5.000 animais, criados de maneira extensiva, ou seja, sem utilização de tecnologia avançada, o que aumenta a necessidade de área desmatada.
Segundo o coordenador da operação, Paulo Maués, os bois e vacas das duas unidades de conservação não se enquadram na designação "bois piratas", criada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nesta semana, para os animais que, uma vez encontrados em áreas desmatadas ilegalmente, serão marcados e apreendidos.
Maués disse que, como a ação está sendo feita com base em ordens da Justiça anteriores à legislação que autoriza a apreensão de bois, eles continuarão com seus donos, devendo apenas serem removidos.
Boa parte das 16 fazendas foi criada há três ou cinco anos, o que o Ibama considera uma ocupação recente. Como estão em regiões isoladas e longe das estradas vicinais, têm dificuldade em transportar o gado.
Por isso, em uma delas, à beira do rio Xingu, os agentes encontraram um porto e uma pista de pouso para aeronaves pequenas. Outras têm sedes bem estruturadas, que podem se tornar no futuro bases para o Ibama, de acordo com Maués. A operação deve terminar na semana que vem.
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Assim, não se vai a lugar,algum.
Enquanto o Governo,tratar o assunto, de forma "política, para o Inglês, ver",não passaremos do desmatamento desordenado, e exploração dos recursos,concentração de rendas, etc...,ficará por aí.
A Amazônia e seu processo de desmatamento,requer, a meu ver, a constituição de uma COMISSÃO de notáveis, nas areas de infraestrutura,energia,agricultura,recursos naturais,engenharia de obras,e desenvolvimento sustentável,urbanismo e implantação de cidades e PESSOAS.
Estes, selecionados , reunidos e remunerados, para tal, elaborariam um PROJETO COMPLETO, incluindo o Gerenciamento do mesmo - um plano Marshall Tupiniquim - para Desenvolvimento, da região de abrangência, integrado, a fim de ocupação racional, autosustentável e harmonico.
" FOCO e Desenvolvimento TOTAL "
Teriamos aí, sim o maior PAC , do MUNDO , por 20 anos, futuros.
Até que poderia ocorrer,por osmose, o envolvimento
dos países vizinhos, que margeiam o rio Amazonas.
Dinheiro, pelo visto, não FALTA.Basta organizar e mandar " BALA ".
Aposto neste MEGA PROJETO, como Vitorioso.
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Existem diversas areas desmatadas que agora estão com pastagem degradada.
Grande parte dos ruralistas querem mesmo é vender madeira e lucrar muito. Depois vendem a terra aos pequenos produtores rurais (isto aconteceu e acontece em todo o Brasil).
Outra coisa, se o solo da amazonia não mudou, quando desmatarem aquilo-lá, vai tudo virar deserto.
O solo dos EUA e EUROPA é diferente daqui, possui quantidade de argila diferente e capacidade de armazenamento de água diferente, não dá para comparar.
Decisão técnica e não política.
Muitas ONGs são honestas mais que os políticos de plantão.
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