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10/06/2008 - 12h40

Sem-terra invadem prédio da Votorantim em São Paulo

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da Folha Online

Cerca de 600 trabalhadores rurais da Via Campesina, ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), e integrantes da Assembléia Popular invadiram nesta terça-feira um prédio da Votorantim, no centro de São Paulo.

Segundo o MST, a Polícia Militar tomou o prédio e reprimiu os manifestantes com "violência". "A Polícia Militar invadiu o prédio com 300 soldados e reprimiu com violência a manifestação pacífica, com bombas de gás de pimenta e tiros", afirma o movimento em nota.

A reportagem entrou em contato com a PM, que se limitou a negar o uso de violência na retirada dos manifestantes.

A invasão tinha por objetivo denunciar os impactos ambientais da construção da barragem de Tijuco Alto, no rio Ribeira de Iguape, que corta os Estados de São Paulo e Paraná. Segundo o movimento, os estudos de impacto ambiental apresentados pela Votorantim foram reprovados.

Brasil

A ação faz parte de uma série de manifestações iniciadas hoje contra a atuação de empresas que atuam no agronegócio. "Especialmente as estrangeiras, que são beneficiadas pela política econômica neoliberal", diz a nota do MST.

Até agora já aconteceram protestos em 10 Estados: Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Santa Catarina e Alagoas.

Em Santa Catarina, cerca de 700 trabalhadores se concentram em frente à Klabin, empresa de papel e celulose, que detém 160 mil hectares de pinho e eucalipto no Estado. Em Alagoas, 1.000 pessoas fazem um protesto na hidrelétrica de Xingó contra a transposição do rio São Francisco.

No Espírito Santo, cerca de 500 trabalhadores da Via Campesina realizam um protesto contra a expansão do monocultura da cana-de-açúcar. E em Pernambuco, cerca de 200 trabalhadores rurais ocuparam a Estação Experimental de Cana-de-Açúcar no município de Carpina, Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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