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Sem-terra invadem prédio da Votorantim em São Paulo
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da Folha Online
Cerca de 600 trabalhadores rurais da Via Campesina, ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), e integrantes da Assembléia Popular invadiram nesta terça-feira um prédio da Votorantim, no centro de São Paulo.
Segundo o MST, a Polícia Militar tomou o prédio e reprimiu os manifestantes com "violência". "A Polícia Militar invadiu o prédio com 300 soldados e reprimiu com violência a manifestação pacífica, com bombas de gás de pimenta e tiros", afirma o movimento em nota.
A reportagem entrou em contato com a PM, que se limitou a negar o uso de violência na retirada dos manifestantes.
A invasão tinha por objetivo denunciar os impactos ambientais da construção da barragem de Tijuco Alto, no rio Ribeira de Iguape, que corta os Estados de São Paulo e Paraná. Segundo o movimento, os estudos de impacto ambiental apresentados pela Votorantim foram reprovados.
Brasil
A ação faz parte de uma série de manifestações iniciadas hoje contra a atuação de empresas que atuam no agronegócio. "Especialmente as estrangeiras, que são beneficiadas pela política econômica neoliberal", diz a nota do MST.
Até agora já aconteceram protestos em 10 Estados: Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Santa Catarina e Alagoas.
Em Santa Catarina, cerca de 700 trabalhadores se concentram em frente à Klabin, empresa de papel e celulose, que detém 160 mil hectares de pinho e eucalipto no Estado. Em Alagoas, 1.000 pessoas fazem um protesto na hidrelétrica de Xingó contra a transposição do rio São Francisco.
No Espírito Santo, cerca de 500 trabalhadores da Via Campesina realizam um protesto contra a expansão do monocultura da cana-de-açúcar. E em Pernambuco, cerca de 200 trabalhadores rurais ocuparam a Estação Experimental de Cana-de-Açúcar no município de Carpina, Zona da Mata Norte de Pernambuco.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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